Ex-vice-primeira-dama de Penha, Elisama Schulle fala com o Penha Online a respeito de acusações e notícia falsa divulgada nas redes sociais


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No final da última semana, as redes sociais de moradores de Penha foram inundadas com informações a respeito da secretária de Saúde de Camboriú, Elisama Schulle. Além de ter atuado junto à Secretaria de Penha no início do primeiro mandato do atual prefeito, ela também é esposa do então vice-prefeito de Penha, Lindomar Schulle. As informações que circulavam nos grupos de Facebook e WhatsApp, davam conta de que Elisama estaria na mira da Polícia Federal.

Tudo começou na última quinta-feira (04), quando a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Fuscus, tendo cumprido 26 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Criciúma, em endereços de órgãos públicos, empresas, servidores públicos e empresários nos municípios catarinenses de Sombrio, Araranguá, Passo de Torres, Jacinto Machado, Praia Grande, Timbé do Sul, São João do Sul e Camboriú.

A apuração dos fatos teve início em setembro de 2020, a partir de denúncia que apontava excesso no volume de aquisições e sobrepreços de produtos adquiridos por uma secretaria municipal de saúde. Em 05/11/2020 foi deflagrada a primeira fase da Operação Fuscus, que, naquele momento, investigava desvios da ordem de R$ 1,7 milhão. Mesmo após a deflagração da operação e as ações fiscalizatórias dos órgãos competentes, os investigados prosseguiram com as condutas suspeitas, o que motivou o prosseguimento das investigações e a consequente deflagração desta nova fase.

Esta ação objetivava a colheita de provas de supostas fraudes na aquisição de medicamentos, insumos e EPIs que não teriam sido, no todo, entregues ao Poder Público, abrangendo também valores que deveriam ser destinados ao enfrentamento do atual estado de emergência decorrente da pandemia de COVID-19 e foram empregados em finalidades diversas, aproximadamente R$ 6 milhões.

Caso comprovada a fraude, os investigados poderão responder pela prática dos crimes de organização criminosa, peculato e fraude ao caráter competitivo de licitações, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.

Camboriú

No caso de Camboriú, onde trabalha Elisama atualmente, na Secretaria de Saúde, a informação que circulou nas redes sociais afirmavam que a Polícia teria invadido a prefeitura e a Secretaria de Saúde, e que a secretária estaria sendo alvo das investigações também.

O Penha Online conversou com Elisama para dar clareza aos fatos a partir de sua versão. A atual secretária de saúde de Camboriú começou afirmando que referente a uma publicação feita por uma moradora do bairro Santa Lídia, em Penha, seus advogados já estão tomando as medidas cabíveis, tanto que a moça apagou a publicação, reconhecendo que os fatos ali narrados pudessem ser falsos: “ela usou palavras caluniosas. Disse que eu estou na mira da PF, que estou sendo investigada. Em momento algum estou sendo investigada”, conta. Segundo ela, uma das empresas investigadas participou de uma licitação de Camboriú, para aquisição de ataduras e gases, porém tudo através de pregão eletrônico, o prefeito Élcio desde o início da gestão trabalha com transparência, então fizemos tudo corretamente, entregamos os documentos que eles pediram, foram embora e deu, a investigação não é contra Camboriú e muito menos contra mim”, detalhou Elisama.

Na sequência ela relata que não foi verdade o que foi divulgado pela moça e por todas as pessoas que compartilharam nos grupos de facebook e WhatsApp: “ela foi candidata a vereadora por um partido da oposição em Penha e quis ligar meu nome à ação. Por esse texto também, a gente printou e vai processar ela. A internet não é uma terra sem lei. Eu amo a Santa Lídia, o meu lugar, mexeu comigo falando mentiras, quem conhece a tente, sabe o quanto a gente trabalha honestamente com caráter, ela vai sofrer as consequências”, concluiu.