[VÍDEO] Entidades participam de treinamento para desenredamento de baleias


PUBLICIDADE

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), através da APA da Baleia Franca e do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), promoveu nesta semana um treinamento em Florianópolis (assista ao vídeo abaixo) para desemalhe de grandes cetáceos no âmbito do Protocolo de Encalhes e Enredamento da APA da Baleia Franca. O curso contou com o apoio da R3 Animal, Udesc e Ibama, com a participação da Univali, Univille e Policia Militar Ambiental de Balneário Camboriú.

Esta é a quarta edição da capacitação no Estado. O curso busca manter e multiplicar práticas internacionalmente adotadas no atendimento de enredamentos de cetáceos. Este ano, a capacitação abrange pessoas de regiões distintas do litoral de Santa Catarina a fim de proporcionar condições de atendimento a esses eventos para além do território da APA da Baleia Franca.

Além disso é preciso que profissionais já capacitados anteriormente relembrem os procedimentos e realizem simulações a fim de estarem preparados para o atendimento de eventos reais, uma vez que inicia em julho a temporada de migração das baleias no litoral catarinense. O treinamento envolve etapas teóricas seguidas de prática.

O desenredamento de grandes cetáceos é uma atividade de alto risco e deve ser tentado por profissionais treinados para estas ações após rigorosa análise de cada situação. Nem todo enredamento demanda a ação para retirada de redes. Deve ser cuidadosamente avaliada a necessidade de uma operação neste sentido. Numa situação de enredamento, cada colaborador deve estar plenamente consciente do seu papel na operação para realizá-lo com sucesso.

Embora o avistamento desses gigantes envoltos em redes de pesca cause comoção entre as pessoas é necessário lembrar que mesmo profissionais capacitados correm riscos ao efetuar os desenredamentos. Esse tipo de intervenção sem técnica e treinamento multiplica os riscos a que as pessoas se expõem na tentativa de soltar os animais sem a devida análise e procedimentos adequados e a retirada parcial das redes sem a técnica necessária normalmente acaba por deixar pedaços de rede que podem matar as baleias a médio prazo.

No ano passado tivemos mais de 20 enredamentos registrados no litoral brasileiro, a maioria em Santa Catarina, sendo que essa é considerada a maior ameaça humana a sobrevivência destes animais.

Visando minimizar esses impactos, cuja solução definitiva é a prevenção dos enredamentos, o I Centro de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Aquáticos do ICMBIO vem treinando equipes no litoral brasileiro para proceder o desenredamento.

Se qualquer pessoa visualizar uma baleia enredada avise as autoridades ambientais, permaneça a uma distância segura e, se possível, acompanhe o deslocamento do animal, marcando suas coordenadas.

.

.

Imagens de drone: Pedro Castilho / Outras imagens: Jeferson Dick, Tiffany Emmerich, Amanda Schneider, Leandro Aranha / Vídeo: André Barreto