Empresa retira vigilantes do Pronto Atendimento de Penha, alegando estar sem receber do município
Profissionais da Saúde que trabalham no Pronto Atendimento de Penha relataram ao Penha Online a ausência dos agentes de segurança que atuavam no local, agindo essencialmente na contenção dos ânimos em casos de desentendimentos, pacientes alterados ou até mesmo em crises e surtos psicóticos.
A partir da denúncia, o Penha Online apurou a situação com a empresa e prefeitura. A Jovil Segurança Privada, através seu proprietário Vilmar, informou que emitiu nesta semana a quarta nota fiscal referente a prestação do serviço ao município, e tem outras três em aberto, 30, 60 e 90 dias, totalizando aproximadamente R$ 100 mil.
“A quarta nota ainda tem o prazo pra receber, mas são quatro notas agora. Eles não dão satisfação pra gente, eu mando os e-mails, não recebo retorno, falo com a mulher do pagamento e ela diz que eles não têm dinheiro. Tão devendo, não dão satisfação, não falam nada, um tratamento péssimo, então eu mandei um e-mail comunicando que ia retirar o pessoal e enquanto eles não regularizarem o pagamento eu não vou botar mais o pessoal, até porque eu não tenho condição de manter o pessoal ali. Quatro meses sem ganhar o pagamento, não dá”, disse Vilmar.
Questionado sobre a possibilidade de retomar o serviço mesmo sob promessa de pagamento, Vilmar foi incisivo: “eu pedi pra eles acertarem, daí eu retorno o trabalho. Mas até agora não tiver êxito, nem resposta nem nada. Eu já paguei para meus funcionários quatro salário do meu bolso, mas a empresa não recebe da prefeitura de Penha. Então tá bem difícil a situação ali. Tá bem difícil mesmo”, encerrou.
A Secretaria de Administração e Finanças de Penha informou ao Penha Online que “devido ao decreto de contenção de gastos, alguns contratos estão sendo revistos e esse foi um dos que foi preciso ser cancelado por conta disso”.
Imagem: arquivo / Penha Online