[VÍDEO] Fenômeno da bioluminescência é registrado em diversas praias de Penha; imagens encantam


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[Assista ao vídeo abaixo, ao final da matéria] O fenômeno da bioluminescência foi registrado por várias pessoas em várias praias de Penha, na noite desta quarta-feira(17) e madrugada de hoje, quinta-feira(18). A bioluminescência está relacionada com a defesa e atração de parceiros de muitas espécies, segundo Vanessa Sardinha dos Santos, mestre em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás. De maneira geral, a luz é gerada graças a uma enzima chamada de luciferase, por meio de uma reação exotérmica. Essa enzima é capaz de oxidar uma substância denominada luciferina. Na realização desse processo é liberada energia que emite luz.

Um dos registros foi feito na Praia de Armação, altura da Rua Tiradentes, outro na Praia de Armação do Itapocoroy, enquanto outro foi na Praia do Quilombo. “A primeira impressão que eu e minha namorada tivemos foi um susto. Não sabia o que era, mas depois eu pesquisei e fiquei encantado. Lindo demais, uma hora era verde bem clarinho e azul também”, disse ao Penha Online um dos autores das imagens.

É importante destacar que luciferina é o nome de qualquer substância capaz de dar origem à bioluminescência, sendo distinta nos diversos tipos de organismos capazes de emitir luz. A maioria dos seres vivos bioluminescentes é marinha. Eles emitem luz de cores variáveis, sendo o azul o mais comum. Nesses animais, geralmente a função relaciona-se com proteção contra predadores, podendo o animal até mesmo se camuflar ou lançar substâncias que despistam o predador. Entre as espécies marinhas que apresentam bioluminescência, podemos citar o peixe-lanterna, um peixe que habita águas profundas.

A bioluminescência atualmente é usada na medicina com a chamada proteína fluorescente verde (GFP), além de algumas luciferases que são usadas como marcadores. A GFP é uma proteína retirada de águas-vivas bioluminescentes que emite fluorescência verde quando irradiada com uma luz azul. Ela é utilizada para marcar vírus e bactérias, por exemplo, e observá-los através da fluorescência emitida, rastreando assim as infecções. Também é possível marcar leucócitos durante processos inflamatórios. Pela descoberta da GFP e trabalhos desenvolvidos no campo da medicina, os pesquisadores Osamu Shimomura, Martin Chalfie e Roger Tsien ganharam o prêmio Nobel de Química em 2008.

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Imagem: leitores @isarrodriguezz @thaiandrade015 @aleeginaestrada @abdieldasilvaa @caiosansao