Penha: paciente na fila de transplante questiona demora para marcação de consulta com especialista


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Uma moradora de Penha recorreu ao Penha Online para tentar buscar respostas ao seu problema. O relato deixado por ela é forte e grave; confira a seguir. “Sou paciente renal estágio 5. Na fila de transplante, pela lei meu atendimento seria prioritário para marcações de consulta assim como outra doença grave. Estou desde março aguardando consulta com ginecologista devido a um problema recorrente e início da menopausa com sintomas bem ruins agravados por conta da hemodiálise. Fui no postinho a médica não quis me passar exames para que eu pudesse ao menos tentar ir ao endócrino, pois nesse caso ele também poderia resolver. Disse que iria me encaminhar pro ginecologista pois só ele poderia pedir tais exames. Ela disse que eu já havia feito exames ano passado e que ela não poderia passar tais exames novamente, pois eu poderia ser bloqueada pelo SUS. Sinto dores, calores, enfim, vários sintomas. Desde 09 de março aguardo atendimento e nada. Sem contar que isso atrapalha a questão do transplante sabe. Queria apenas reforçar, que na saúde de Penha a prioridade é pra quem puxa saco ou é conhecido deles. Porque nem através deles eu consegui fazer a hemodiálise. Fiquei 5 meses aguardando, pois eles só alegavam não haver vagas. Eu paguei uma consulta em Balneário Camboriú e a médica se compadeceu, viu que era grave e irreversível minha situação através de exames. Daí ela conhecia a dona da clínica renal vida e me encaminhou pra lá. Os absurdos de uma cidade governada através de coronelismo, onde só é tratado decentemente quem tem famoso QI (Quem Indica). Triste mas verdadeiro”. A prefeitura de Penha foi questionada e emitiu a seguinte nota ao Penha Online: “Sobre essa demanda, é uma questão de conduta médica, no qual o médico define a tomada de decisão – qual o tratamento, exames ou remédio indicar, por exemplo. De qualquer forma, a Secretaria de Saúde se coloca à disposição para verificar o prontuário médico caso seja informado o nome do paciente. Referente a hemodiálise, a demanda e fila é responsabilidade do Estado. O município pode auxiliar nas informações dadas ao paciente e orientando da melhor maneira possível, fazendo uma ‘ponte’ entre Estado e paciente”.

 

Imagem: Penha Online / arquivo