[VÍDEO] Penha: drama se agrava e moradores da Rua Arno Reinaldo da Silva temem “avalanche de lama”


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A situação das obras de terraplenagem executadas nas imediações da Rua Arno Reinaldo da Silva, entre os bairros São Cristóvão e Santa Lídia, em Penha, acabou por se agravar nas últimas horas. O Penha Online recebeu novos vídeos da comunidade, desesperada com o avanço do aterro que, segundo eles, irá levar lama para dentro das casas, numa verdadeira “avalanche”. No novo vídeo enviado, um morador traz imagens do volume de barro que está sendo acumulado em direção à Arno Reinaldo da Silva. “Liberaram essas obras; olha o tamanho do barranco que os caras vão fazer na frente da nossa casa aqui ó. Vai ficar tudo debaixo d’água. O tubo ali eles já trancaram lá na ponta, para ir correr lá em cima e depois descer. A prefeitura não tem a capacidade de investigar essa obra aqui. Eles só liberam a obra e pronto, acabou-se”, acusa o cidadão.
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No segundo vídeo, a comunidade filmou o morro onde acontece a terraplenagem: “A água desce desses morros aqui, tudo, tudo aqui atrás é morro, e desembocava aqui. Ali já deve tá dando um metro de altura, de diferença da estrada, e nós vamos ficar literalmente num buraco”, observa o morador, mostrando a parte alta da via e também o volume de barro já acumulado, ameaçador, sobre a margem da rua e que pode, caso chova forte, seguir em direção às casas.
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A primeira denúncia, publicada nesta terça-feira pelo Penha Online, revelou o problema causado pelos aterros executados na parte alta daquela área – o barro escorre, acumula-se num ribeirão próximo, e acaba por causar alagamentos em várias casas. Não houve retorno da Prefeitura pós a publicação da denúncia.

Lama avança em direção ao ribeirão

Nos primeiros vídeos encaminhados pela comunidade, é possível ver não apenas a área aterrada, mas o próprio ribeirão, totalmente assoreado – praticamente vê-se apenas a vegetação, um “filete” de água, e a lama já praticamente na margem desse ribeirão, ameaçando assoreá-lo por completo. Segundo um dos moradores, a água já chegava praticamente nas casas, até meses atrás, antes da terraplenagem ser executada. A situação agora tende a se agravar: “Deu aquela chuvarada e jogou todo o aterro dentro do ribeirão. E um cara da rua colocou a tubulação que antigamente tinha, e fechou aquilo ali. Colocou muro, tudo. É onde que represa a água também. Daí lá pra baixo tá livre, e represa aqui pra cima”, detalha o morador. A situação é emergencial, já que a comunidade poderá ter sérios prejuízos caso chuvas fortes atinjam estas localidades.

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