[VÍDEO] Esgoto transborda em casa de Penha e moradores pedem socorro; rua inteira foi pavimentada com verba do empréstimo de R$ 50 milhões se tubulação de drenagem


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Imagine você leitor(a), tomar café da manhã, almoçar, jantar e dormir dentro de uma casa com o o vaso sanitário entupido, por não haver encanamento de esgoto na sua rua. É a situação de moradores da Rua Valdecir Silva, no bairro Mariscal, incluindo comércios instalados no local, que estão sofrendo com problemas de esgoto que acabaram por transbordar da rua para dentro do imóvel, fazendo inclusive, o banheiro de uma das famílias jorrar dejetos para fora do vaso sanitário. Os moradores não sabem mais como apelar para a secretaria de Serviços Urbanos abrir a tubulação externa, numa via que é asfaltada, a fim de escoar os dejetos. A rua foi pavimentada em 2022, literalmente recebendo asfalto sobre terra, sem a devida preparação e instalação de drenagem. A verba pública para o serviço partiu do empréstimo de R$ 50 milhões contraído pelo Município no final de 2021, que terá um custo total de pouco mais de R$ 90 milhões aos cofres públicos. Cabe ainda informar que o serviço executado nesta rua, não recebeu placa de obra, indicando o responsável pelo serviço ou mesmo responsável pela execução, contrariando leis federais que determinam a instalação de tais comunicados junto ao canteiro de obras. O vídeo que acompanha esta publicação traz o relato completo de moradores que estão sofrendo na pele o enorme descaso da atual gestão do Município, em virtude de suas obras mal feitas.
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“Estamos mais de duas semanas pedindo para o secretário de Obras para abrir uma valeta aqui, abrir a valeta para botar os canos, para sair na esquina da rua Margarida Vieira, onde tem um esgoto. Nós estamos com o banheiro entupido, tudo entupido, não tem como lavar roupa, não tem como usar chuveiro, nada, nada, nada. A água da pia, para a gente lavar louça, a gente enche no balde, e joga na rua. E os vizinhos todos reclamando do cheiro e agora vamos ter que soltar o cano do banheiro para a rua. Vai encher tudo de merda ali na frente – e olha que tem conveniência na esquina, do lado tem manicure. Do outro lado, cabeleireira. Não tem condições de ficar assim”, relata a moradora ao Penha Online, desesperada, com pedidos registrados desde o dia 2 de novembro.Foram várias ligações ao secretário
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Alessandro Rubens da Silva, sem retorno ou com promessas de melhoria só na outra semana, porém, essa ação é emergencial, antes que os dejetos vazem não só pela rua, mas em frente às demais casas e comércios. “Não tem condições de ficar assim. Um encarregado veio aqui ver, ele disse que ele tinha que comprar os canos, porque a prefeitura não tem nada, tá zerada. Nós compramos, deixamos de comprar o alimento e compramos as barras de cano. Cinco barras, e isso não é barato. É uma situação horrível que tá aqui em casa. E fora que temos que aguardar a reclamação do vizinho”, completa, clamando pela presença da vigilância sanitária. As imagens enviadas pela moradora revelam o drama e comprovam o que ela fala: a secretaria de Serviços Urbanos deve agir imediatamente no local.
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