[VÍDEO] Fedor, catinga e muito descaso: peixes mortos espalhados nas areias da Praia de São Miguel chamam atenção em Penha


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Um banhista da Praia de São Miguel, em Penha, fez uma filmagem do que pode se configurar como um crime ambiental cometido por outros pescadores – talvez de embarcações maiores: o descarte irregular de cação anjo, espécie em extinção, ao longo da orla da praia. Os pescadores locais, embora não descartem a possibilidade de um acidente, ficaram revoltados com a situação, e apontam que pode ser também um crime ambiental. De acordo com o autor das imagens, se for intencional, esse tipo de atitude não deveria mais ocorrer.
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“Aqui está cheio de cação, não sei quem foi que jogou esse peixe todo limpo na beira da praia. Acho que as pessoas têm de ter mais consciência, porque eles pescam, não têm condições de manter e aí jogam fora. Aqui na praia, é uma coisa bem chata, então os moradores, os turistas, acabam culpando os pescadores da região, que não têm culpa de nada. E é uma coisa absurda, não pode acontecer, culpa dos pescadores da região e tem pessoas de fora que fazem essa maldade. Infelizmente, o que acontece é que há pessoas mal intencionadas numa praia linda dessa, maravilhosa, que as pessoas vêm tomar banho, admiram muito a nossa praia”, comenta ele.
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Um pescador afirmou ao Penha Online que a espécie largada na areia é de cação-anjo. “Provavelmente o dono do barco mandou jogar fora, porque é um peixe proibido, é uma espécie proibida. São R$ 5 mil de multa. Provavelmente o cara ficou com medo de entrar na área; o Ibama deve estar trabalhando na barra de Itajaí e jogaram na água aqui. Ou outra empresa também que pegou, ficou com medo de limpar, e jogou na água”, aponta ele. Outra possibilidade seria algum barco com problemas na bateria, e ter gerado um acidente, descartando os peixes. O autor da imagem ainda comenta o fato de crianças circular pela praia – e podem se ferir com esporões – além de, no vídeo, mostrar pelo menos 15 unidades da espécies ao longo da orla de São Miguel.
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A pesca do cação-anjo, proibida no Brasil, pode resultar em multas e sanções judiciais. Já houve caso de multas de até R$ 1 milhão diante dessa ilegalidade – caso ocorrido no Sul de Santa Catarina, em 2013. Além do cação-anjo, outras espécies de peixes nativos ameaçados de extinção são o tubarão-martelo, a raia-viola e o surubim, entre outras. O fone para denúncias é o 190, junto à Polícia Militar Ambiental (PMA). Confira o vídeo abaixo.