Águas de Penha, Aris e Casan criam comitê para gerenciamento da crise hídrica em Penha e região


PUBLICIDADE

Diante da precariedade no abastecimento por causa da estiagem prolongada que atinge Santa Catarina desde 2019, a Águas de Penha, a Casan e a Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Aris) instauraram um comitê especial de crise para discutir medidas que busquem alternativas para a distribuição de água no município. De acordo da Epagri/Ciram (órgão oficial de meteorologia de Santa Catarina), o estado vem passando por uma estiagem que já é considerada a mais severa dos últimos anos. Quase todas as regiões do Estado estão com déficits acumulados, nos últimos 12 meses, superiores a 500 mm. O grupo é integrado pelo diretor executivo da Águas de Penha, Gabriel Buim, pelo gerente da Casan de Balneário Piçarras, Lino Jose de Aviz Neto,e pela analista de fiscalização e regulação da Aris, Joana Mayara Dysarz.

Nas últimas semanas, a companhia vem adotando diferentes medidas para garantir o abastecimento em Penha, incluindo as manobras operacionais para que todas as regiões da cidade tenham acesso à água tratada neste momento. A operação obedece a um sistema de planejamento da empresa para minimizar os impactos da falta de chuvas. O boletim hidrometeorológico da Aris mostra que, com o tempo seco, a situação se agravou, contribuindo bastante para quadro de estiagem que ocorre desde o final do ano passado. As operações da concessionária são acompanhadas em tempo real pela agência reguladora.

Dados da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) mostram que as cidades catarinenses passam por um dos períodos mais críticos dos últimos 14 anos em relação à falta de chuva. Já o Relatório da Defesa Civil estadual aponta mais 60 municípios com pedidos de situação de emergência. Ainda segundo a Fecam, a  estiagem que afeta Santa Catarina poderá piorar nos próximos dias, já que as previsões meteorológicas não apresentam chuva considerável para o Estado. Na região, além de Penha e Balneário Piçarras, Barra Velha também enfrenta problemas de desabastecimetno. O Rio Itinga, principal manancial do município, está quase seco e a lagoa de reserva de água bruta está em seu nível mínimo.

Conforme Fernanda Barreto, gestora operacional da Águas de Penha, a setorização do serviço de distribuição de água em 10 regiões e a adoção do sistema de monitoramento online  no Centro de Controle Operacional (CCO) tem possibilitado à empresa ter uma melhor performance operacional do sistema neste momento de escassez hídrica.

O contrato entre a concessionária Águas de Penha e a Casan prevê que, em caso de força maior, seja criado um grupo de trabalho tripartite com o objetivo de monitorar a situação e fornecer soluções colegiada. Pelo contrato, o grupo precisa ser formado por um representante da Casan, um representante da Águas de Penha e um representante da Aris.