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Aluna do Colégio Manoel Henrique de Assis está prestes a desistir de estudar porque o ônibus não pode mudar um pouco a rota e levá-la para casa

Uma jovem de 17 anos, estudante do Colégio Manoel Henrique de Assis, do Centro de Penha, buscou o Penha Online para tentar ser ouvida pela Secretaria de Educação e/ou outras autoridades do município. A estudante conta que frequenta a escola no período do noturno e mora no loteamento Penha 1, no bairro Nossa Senhora de Fátima. “Eu trabalho o dia inteiro, das 7:30h até 18h e vou direto pra escola. A aula acaba às 22h e corri atrás de ônibus pra me levar pra casa a noite. Meus pais dormem cedo por conta do trabalho deles e eu não tenho ninguém pra me buscar na escola, então eu volto  de bicicleta sozinha às dez e pouco da noite. Liguei pra Secretaria de Educação, pra ver sobre o micro-ônibus se dava para passar aqui por dentro desse bairro e eles apenas foram grossos comigo e falaram que não podem mudar a rota do ônibus e é assim q eles trabalham”, afirma ela.

Em contato com uma empresa que faz o transporte dos alunos, foi passado para a estudante o telefone de um motorista do ônibus, que por sua vez alegou que não poderia fazer aquela rota e que tinha que falar com a Secretaria de Educação. “Quando falei com as orientadoras da escola, elas falaram que o micro-ônibus que tem deve servir aos alunos e que eles tinham que colocar uma rota lá pra dentro. Afinal é só entrar ali e já sai lá na SC-414, pra então ir lá pro São Cristóvão e São Nicolau… aí lá na Secretaria uma mulher foi grossa comigo, eu perguntei ‘e se acontecesse algo comigo por andar ali sozinha, quase no escuro’, ela respondeu que era responsabilidade minha. Sou menina e andar de bicicleta do Manoel até o Penha 1 de noite mais de 22h é perigoso, ainda mais sozinha. E caso desça do ônibus na SC-414, teria que andar uns 10 minutos a pé sozinha até chegar em casa, o que também é perigoso”, lamenta a jovem.

Por trabalhar durante o dia, a aluna não tem como estudar em outro horário. “E eu não posso parar de trabalhar, mas do jeito que está perigoso daqui a pouco não vai mais dar pra ir estudar”, conclui.