Apae de Penha leva temas digitais do “Agosto Laranja” a alunos, pais e comunidade
A Apae de Penha está desenvolvendo, desde o dia 1º, ações alusivas ao “Agosto Laranja”, mês de conscientização e prevenção às deficiências intelectuais e múltiplas que acontece em nível nacional, e como preparativo à Semana Nacional, que ocorre entre os dias 21 e 28 com palestras, eventos e debates virtuais acerca do tema desse ano, “Protagonismo empodera e concretiza a inclusão social”.
“Neste mês, com maior ênfase, as Apaes de todo o país promovem ações para conscientizar sobre a importância de cuidados básicos e ações preventivas para diminuir a ocorrência de novas deficiências, partindo do pressuposto de algumas deficiências podem ser evitadas”, observa a psicóloga Melina Zilli, coordenadora de prevenção da Apae local. A estratégia adotada em Penha é o “Plano Prevenir”, orientado pelas Apaes em nível nacional.
Devido à pandemia do novo coronavírus, que forçou a suspensão de todas as atividades presenciais da instituição de ensino especial, a equipe da Apae de Penha optou por ações remotas de conscientização, e tem buscado, através do uso da internet e do aplicativo Whatsapp, encaminhar às famílias materiais informativos e desafios aos alunos, por meio das mídias sociais da instituição. “A intenção é alertar as famílias e a população em geral sobre cuidados preventivos desde o período que antecede uma gestação, cuidados no momento do parto, depois do nascimento e ao longo do desenvolvimento da criança”, detalha a diretora Jaqueline Ferreira.
Segundo ela é preciso levar a informação até as pessoas, para que possam prevenir a incidência de deficiências, seja através de ações como um pré-natal estruturado até a realização de testes específicos na criança. “Assim como orientar esses pais ou responsáveis para que saibam observar sinais que possam levar a um atraso no desenvolvimento das crianças”, observa Melina.
Por meio do Prevenir, ocorre a prevenção da deficiência em todas as Apaes do território catarinense. “A Apae de Penha acredita que através de ações educativas, é possível levar a informação e orientação até as pessoas, conscientizando a sociedade sobre as necessidades dos cuidados prioritários com a própria saúde e da população em geral, diminuindo e evitando deficiências decorrentes na sua grande maioria, pela falta de informação”, detalha a direção da instituição.
Saiba mais
Desde março, o ensino da Apae de Penha está diante de um novo desafio estruturado pela equipe pedagógica da escola, com a orientação da direção e equipe técnica do SUS, visando o oferecimento de conteúdo digital para aulas remotas. Os alunos foram divididos em quatro grupos, e foi possível atingir um terço dos especiais totais da instituição com atividades complementares.
Esses grupos foram divididos por faixa etária e níveis de desenvolvimento. Os grupos de estimulação são voltados aos alunos menores, de zero a 6 anos e de 6 a 12. Há ainda o grupo voltado aos alunos com transtorno de espectro autista (TEA), e dois grupos de alunos adultos – um para a faixa etária de 17 até 45 anos, e outro para adultos em geral, que integram as turmas do Centro de Convivência, que integram um programa laborativo. Assim, em torno de 30 alunos estão regularmente participando, número considerado expressivo pela instituição. “Pedagogicamente, a devolutiva é de uns 30%, mas a interação em geral com as famílias chega a 50%”, contabiliza Jaqueline.