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Balneabilidade das praias de Penha, Balneário Piçarras, Barra Velha e Navegantes – Relatório n° 04 da temporada 2022-2023

O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) divulgou neste fim de semana o 4° relatório de balneabilidade da temporada 2022-2023. O documento aponta que dos 237 pontos analisados, 152 estão próprios no litoral catarinense, o que representa 64,14%. Em Florianópolis, dos 87 pontos onde há coleta, 61 estão em condições próprias, o que representa 70,11%.

No relatório, dos 11 pontos analisados em Penha, foi constatado um total de 07 impróprios para banho e 04 próprios. Balneário Piçarras teve os 02 pontos analisados e considerados próprios para banho, assim como Navegantes onde foram 04 pontos analisados, e todos aprovados. Em Barra Velha, onde foram analisados 05 pontos, sendo que 02 foram considerados próprios e 03 impróprios para banho.

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O IMA executa o Programa de Monitoramento da Balneabilidade desde 1976, contando, atualmente, com uma rede de monitoramento de 237 pontos (a segunda maior do Brasil) no litoral, abrangendo desde Passo de Torres a Itapoá. São mais de 100 balneários monitorados em 27 municípios catarinenses compondo as cidades de: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Balneário Rincão, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Balneário Piçarras, Porto Belo, São Francisco do Sul e São José.

Metodologia

O regramento obedecido no monitoramento da balneabilidade é imposto pela Resolução Conama nº 274, de 29 de novembro de 2000, que determina uma frequência mínima de coleta de sete dias, ou seja, semanalmente. É permitido que esta frequência seja ampliada para até 24 horas (desde que seja fixa), mas como o resultado da propriedade é uma estimativa de concentração de bactérias nas últimas cinco coletas, a frequência deve permitir uma autodepuração do corpo hídrico nos locais amostrados.

Assim, considera-se que sete dias, frequência amplamente utilizada no Brasil e no mundo, é tempo adequado para depuração dos locais amostrados e, caso haja persistência de contaminação na amostragem seguinte (após sete dias), fica caracterizada a contaminação fecal recente (indicador E. coli) recorrente.

Para uma avaliação sistêmica no campo ambiental, é necessário que se obtenham resultados nas mais variadas condições, considerando maré, temperatura de água, temperatura do ar, direção e força do vento e pluviosidade, que são avaliadas pelo IMA e publicadas nos relatórios de balneabilidade, também disponíveis ao público. Isto não seria possível se as coletas fossem direcionadas.

“A manipulação de cenários para a coleta de amostras, como alteração de frequência para evitar períodos chuvosos ou com influência de chuvas, levaria a resultados tendenciosos, uma vez que o indicador utilizado possui rápido decaimento em águas salinas e na presença de radiação solar, enquanto outros patógenos presentes no esgoto não”, declara o diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental, Fábio Castagna da Silva.

Um ponto é considerado impróprio para banho quando em duas das últimas cinco coletas semanais a concentração do coliforme fecal for superior a 800 NMP/100mL, ou então que a última coleta (mais recente) seja superior a 2.000 NMP/100mL.

Relatórios

De novembro a março, na alta temporada, os resultados das análises feitas pelo IMA são divulgados todas as semanas, sempre às sextas-feiras no período vespertino. Já na baixa temporada, de abril a outubro, a pesquisa é feita mensalmente.

A coleta é realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, que mantém uma parceria com o IMA desde 2019, sempre de segunda a quarta-feira.