A Prefeitura de Balneário Piçarras lançou na última semana o processo licitatório para a contratação de empresa de engenharia a fim de executar a ampliação e restauração de estruturas de proteção costeira. A obra tem como objetivo ampliar em 80 metros os molhes: norte (Descida da Av. Getúlio Vargas) e o central (Descida da Rua 700).
A contratação da empresa ocorrerá pela modalidade Tomada de Preços, de número 16/2020, que tem edital publicado no site www.picarras.sc.gov.br. A abertura de envelopes acontecerá no dia 15 de junho, às 14h. O valor de referência do edital é de R$ 2.008.629,61, que pode ser diminuído de acordo com a concorrência das empresas presentes para a realização das obras. Os recursos são provenientes do FUMPRA – Fundo de Manutenção da Praia.
Para o Prefeito Leonel Martins, a obra se mostra necessária. “Observamos a necessidade da ampliação dos molhes para garantia da estabilidade da nossa praia. Desde 2013 equipes técnicas monitoram o sistema de proteção de linha de costa aplicado em Balneário Piçarras, detectando que o comprimento das estruturas atuais são insuficientes para evitar a perda de areia, principalmente do lado norte de cada molhe”, pontua.
A engenheira especialista em áreas costeiras, Daysi Nass dos Santos, que foi uma das responsáveis pelo estudo que apontou a necessidade de ampliação dos molhes, explica sobre o projeto. “Em 2012 foi realizado um estudo de modelagem para analisar a eficácia de um novo sistema de proteção da linha de costa a ser estabelecido na praia de Balneário Piçarras. O projeto não foi executado na totalidade. Efetuamos novos estudos em 2018 para a complementação e finalização daquele projeto a partir de dados atualizados (entre 2013 e 2017) e observamos a necessidade da ampliação dos molhes”.
“Após a construção da obra (execução parcial do projeto de 2012) houve perda de areia da célula norte do sistema para a praia adjacente. Esta perda é o resultado do conjunto da erosão aguda, que ocorre durante ressacas e atinge principalmente a parte superior da praia; e erosão crônica, a qual é o resultado de mudanças nas condições de ondas observadas durante os últimos anos. A rotação no sentido horário da direção média de ondas, em especial, é a principal causa da erosão crônica”, explana Daysi.
“A perda de areia da célula Norte poderia ser diminuída através de prolongamento dos espigões. O estudo recomendou que os espigões existentes sejam prolongados de 60 a 80m”, frisa a engenheira. Pelo contrato, a obra tem prazo estipulado em 160 dias a partir da contratação da empresa. As informações adicionais sobre a obra podem ser consultadas no portal de Licitações do site da prefeitura.