Banhista de Penha alerta sobre primeiros registros de caravelas-portuguesas na Praia do Quilombo
Uma moradora de Penha fez nesta quinta-feira(31), o primeiro registro de chegada de caravelas-portuguesas na Praia do Quilombo – e a alta temporada ainda não começou. A banhista procurou o Penha Online para fazer o alerta, principalmente porque as crianças são as que mais se interessam pelo belo, mas perigoso, aspecto desses animais. Apesar dessa aparência de cores vivas e intrigantes, a caravela possui toxina que a um simples toque, dentro ou fora da água, podem causar sérias queimaduras. A melhor forma de se prevenir contra os ataques destes animais é conhecendo-os.
De acordo com oceanógrafos e biólogos, as caravelas, de nome científico Physalia physalis, representam uma colônia de indivíduos, ou seja, é um animal, mas existem vários organismos conectados. Sim, o balão é um organismo e os tentáculos são outros, por exemplo. Elas são um tipo de zooplâncton, ou seja, são animais marinhos que vivem na interface entre o ar e o mar – meio no mar e meio no ar. Embora pareçam, as caravelas não são águas-vivas. As águas-vivas verdadeiras são transparentes, vivem principalmente na coluna d’água e possuem simetria radial.
No Brasil, elas já foram encontradas do Amapá ao Rio Grande do Sul. No verão, quando sopram ventos fortes de leste e nordeste, as caravelas-portuguesas são trazidas mais para a beira da praia, causando curiosidade aos banhistas. Quem avistá-las, depois de alertar as pessoas próximas, deve comunicar os guarda-vidas, fornecendo informações sobre data, hora e local do avistamento. Em geral, guarda-vidas sinalizam com bandeira lilás os locais onde elas são avistadas. E se houve sintomas mais graves, procure ajuda médica.
O que fazer em caso de queimadura por caravela-portuguesa?
- Nunca lave com água doce. Isso pode ativar ainda mais o veneno;
- Remova, com cuidado, partes dos tentáculos que possam ter ficado presos na pele;
- Para inativar o veneno lave com soro fisiológico e/ou imersão da lesão em ácido acético a 5% (vinagre) ou álcool isopropílico a 70%, durante 15 a 30 minutos;
- Se não tiver nada disso, melhor lavar com água do mar;
- Coloque compressas frias por 5 a 10 minutos, isso ajuda a diminuir a dor;
- Cuide para não deixar cair água doce no local;
Imagem: Iva Gruner