Batalhão de Operações Aéreas realizou cerca de 1.600 atendimentos de parada cardiorrespiratória ao longo de 13 anos
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), através do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) e o SAMU Aeromédico de SC contabilizam cerca de 1.600 atendimentos de Parada Cardiorrespiratória (PCR) no serviço aeromédico. Estima-se que, hoje, no Brasil, há cerca de 100 mil ocorrências por ano de PCR Extra-Hospitalar.
Como o tempo, é um fator crucial para a sobrevida das pessoas acometidas de PCR, pois uma complicação decorrente desta condição é a hipóxia (baixa oxigenação do organismo), a vítima pode ficar com graves lesões cerebrais, já que o cérebro é muito sensível a períodos maiores que cinco minutos sem oxigenação.
Acontece que são baixos os percentuais de pessoas leigas, ou seja, que não são da área da saúde, que sabem iniciar um procedimento de ressuscitação cardiopulmonar precoce antes da chegada das equipes de socorro. O CBMSC e o SAMU Aeromédico de SC seguem as recomendações da American Heart Association (AHA), a qual diz que para cada minuto de demora para início da RCP corresponde a uma queda de 10% nas chances de sobrevida do paciente.
E é justamente neste fator que entra a efetividade trazida pelo atendimento aéreo através das aeronaves denominadas “Arcanjos”, serviço garantido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina, em parceria com o CBMSC, através do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) e o SAMU Aeromédico de SC, garantindo maior possibilidade de sobrevivência para essas pessoas devido à rápida resposta de atendimento.
Entretanto, apesar das equipes especializadas chegarem na cena do atendimento em poucos minutos, o que se orienta é que, após a confirmação da PCR em um adulto ou uma criança, qualquer pessoa que estiver próxima deve solicitar imediatamente uma equipe de socorro especializada (via telefone 192 ou 193) e iniciar as manobras de RCP conforme o protocolo adequado.
Ao longo destes 13 anos de existência do serviço aéreo do CBMSC no estado, já foram realizados cerca de 1.600 atendimentos de parada cardiorrespiratória. Só nos últimos 3 anos, a taxa de sucesso de reversão de PCRs das ocorrências atendidas pelos Arcanjos gira em torno de 20%.
Por fim, um equipamento que está sendo utilizado desde 2019 nas aeronaves “Arcanjo” e ainda é considerado por muitos como inovador para o auxílio no atendimento às vítimas de parada cardiorrespiratória é o Sistema de Compressão Torácica Lucas 3 (Chest Compression System), que funciona como um “socorrista adicional”, permitindo que os demais profissionais se concentrem em outras atividades essenciais para salvar a vida do paciente.
O intuito é que haja o aumento da conscientização da população quanto a temática, que é considerada um grave problema de saúde pública e, por conseguinte, que melhorem as taxas de PCR revertidas, as quais são nada mais nada menos que vidas humanas salvas.
.
.
Imagem: CBM/SC