Uma morador de Penha encontrou uma caravelas-portuguesas na Praia da Fortaleza, em Penha, e entrou em contato com o Penha Online para alertar à população.
De acordo com o biólogo Éric Comin, o surgimento desse animal nessa época do ano é comum e ocorre por conta da correnteza marítima, um fenômeno de massa de água chamado Água Central do Atlântico Sul (ACAS). Comin explica que as caravelas-portuguesas oferecem grande risco aos turistas, pois seus tentáculos liberam substâncias extremamente urticantes que podem causar queimaduras de terceiro grau.
Apesar de interessantes, não se iluda com suas cores e tons translúcidos e vibrantes: elas são venenosas. Muito confundidas com águas-vivas, seus parentes próximos, as caravelas-portuguesas são bem mais perigosas, podendo até matar. Importante frisar que os organismos não atacam, porém o contato na região torácica de crianças ou de doentes cardíacos com as toxinas das caravelas-portuguesas pode causar arritmia cardíaca ou até mesmo parada cardiorrespiratória, que pode levar à morte.
Em contato com uma caravela-portuguesa, os especialistas indicam nunca lavar a região afetada com água doce, pois ela espalha as células urticantes. Como consequência, aumenta a área queimada e a dor. Tampouco deve-se tentar limpar com álcool e esfregar a área atingida. Os primeiros socorros devem ser feitos ainda na praia, lavando a região afetada com água do mar. A água salgada pode ser levada para casa a fim de continuar o tratamento. Gelada, deve-se aplicá-la até a dor passar e a vermelhidão diminuir. É indicado ainda o uso de vinagre, que impede que as toxinas se espalhem no corpo e também alivia a dor. Se possível, recomenda-se buscar assistência médica.