Choro de jovem provoca investigação por trabalho análogo à escravidão em Penha


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A Polícia Civil investiga se uma jovem de 19 anos foi submetida a trabalho análogo à escravidão em Penha. A informação chegou até as autoridades após a denúncia feita por uma pessoa que passava pelo local e relatou ter ouvido choro vindo da casa onde a vítima estava. Em 16 de novembro, policiais civis foram no local e levaram os envolvidos para a delegacia. A corporação não detalhou quantas pessoas foram ouvidas. A denúncia narra que a mulher – natural do Acre – trabalhava na casa, mas não teria recebido dinheiro pelos serviços, que a vítima também teria sido agredida no local e que a jovem teria sido impedida de ter contato com a família.

A suspeita do crime é investigada em liberdade, conforme o delegado Ângelo Fragelli, responsável pelo caso. Ainda segundo o investigador, no momento da ação na casa da mulher não foi possível configurar o flagrante do crime. “A situação, a princípio, não ficou clara a ponto de caracterizar flagrante. Versões muito conflitantes”, explicou o delegado.

Em depoimento, a investigada afirmou que acolheu a vítima na casa dela e que, antes disso, a jovem estava em situação de rua. A vítima também confirmou à polícia que foi acolhida na residência. Outros detalhes do caso não foram informados, pois o caso é tratado em sigilo. O nome da investigada não foi divulgado.

Conforme o artigo 149 do Código Penal, a redução a condição análoga à de escravo se caracteriza pela submissão a trabalhos forçados ou a jornadas exaustivas, a sujeição a condições degradantes de trabalho e a restrição de locomoção do trabalhador.

No país, o Sistema Ipê é um canal específico para denúncias de trabalho análogo à escravidão. Disponível pela internet, a plataforma permite que o denunciante não se identifique. Acesse pelo site: https://ipe.sit.trabalho.gov.br.

Outros canais de Santa Catarina para pedir ajuda

– WhatsApp da Polícia Civil: (48) 98844-0011
– Delegacia virtual: delegaciavirtual.sc.gov.br
– Disque 100 ou através do número 182
– Polícia Militar: 190

 

Via Caroline Borges, do g1/SC Imagem: arquivo / Penha Online