Conforme já noticiado aqui no Penha Online na última semana, um ciclone extratropical deve atuar no Sul do Brasil na metade desta semana, reforçando a chuva e trazendo vento forte a intenso com probabilidade de transtornos e danos, como quedas de árvores, destelhamentos e falta de luz. É um ciclone mais intenso e de maior extensão e abrangência. Diferentemente de todos os ciclones que impactaram a região nos últimos meses, a formação do ciclone na quarta-feira (12) deve se dar sobre o continente, e não no mar. Ao avançar para o oceano, na costa do Sul do país, o ciclone deve se intensificar entre quinta e sexta (dias 13 e 14).
Normalmente, em ciclones, o vento forte a intenso se concentra no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul assim como em áreas do Planalto Sul e da costa, em Santa Catarina. O cenário que se esboça para este sistema, entretanto, é diferente. Como a formação do ciclone vai se dar sobre terra, no continente, o número de locais atingidos por vento forte tende a ser muito maior. Assim, vento de 60 km/h a 80 km/h pode ser registrado na maior parte das cidades gaúchas com rajadas acima de 100 km/h em alguns pontos, conforme os dados de hoje. O campo de vento forte deste sistema deve ser tão amplo que a forte ventania pode alcançar ainda muitas cidades catarinenses e paranaenses assim como do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e talvez até do Sul de Minas Gerais.
Já que o campo de vento forte deve ser muito amplo sobre o oceano com vento muito forte sobre o mar, desde já é possível se antecipar uma elevada probabilidade de intensa agitação marítima com ressaca e maré de tempestade, forte em setores da costa, nos litorais do Sul e do Sudeste do Brasil na segunda metade desta semana.
A Metsul Meteorologia enfatiza que as projeções dos modelos quanto a este sistema têm oscilado muito e que são três a quatro dias até a sua formação, assim é certo que haverá mudanças nas projeções de intensidade do vento e áreas mais afetadas.