O ciclone extratropical que atingiu o Centro-Sul do Brasil nesta semana deixou uma pessoa morta no Rio de Janeiro e estragos naquele estado, além de Santa Catarina, Paraná, e São Paulo. Em Santa Catarina, cidades decretaram emergência em consequência dos estragos causados pelo vento acima de 100 km/h e a chuva. No mar, a tragédia foi ecológica.
Com os fortes ventos, quase 600 pinguins foram encontrados mortos no litoral de Santa Catarina, informou o Projeto de Monitoramento de Praia da Bacia de Santos (PMP-BS). O surgimento de animais nas praias brasileiras é mais comum durante a ocorrência de ciclones, como informa o biólogo marinho e coordenador do PMP-BS em Santa Catarina e Paraná, André Barreto.
Mais de 600 animais marinhos foram encontrados sem vida nas praias, de pinguins a gaivotas, e incluindo tartarugas e fragatas, a maior parte em praias de Santa Catarina. Os pinguins-de-Magalhães são frequentemente vistos no litoral catarinense nesta época do ano. Os animais foram os mais afetados pelo ciclone devido ao fato de terem dificuldades especiais em escapar das fortes ondas e ventos, visto que são aves que não voam, e respiram fora da água, logo muitos se afogaram.
Caso um animal marinho seja encontrado no litoral catarinense, o que ainda pode acontecer nos próximos dias, a recomendação é ligar para o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) pelo número 0800 642 3341. Os técnicos recomendem preservar a integridade das espécies e manter a distância e auxiliar no isolamento da área, evitar contatos entre animais de estimação e os silvestres, além de não tirar fotos com flash, oferecer-lhes comida ou forçá-los a retornar para a água.
Em Santa Catarina, estações meteorológicas em Santa Catarina registraram rajadas de vento no dia na quarta de 112 km/h em Urupema, 108 km/h em Bom Jardim da Serra, 105 km/h em Balneário Barra do Sul e 92 km/h em Rancho Queimado. Em Balneário Camboriú, anemômetro em edifício de 80 andares, que balançou com a força do vento, marcou 148 km/h, mas o vento em andares muito altos de arranha-céus é muito mais forte que na superfície.
Via MetSul – Imagem: PMP-BS/divulgação