Novamente sem divulgação nas redes sociais da Prefeitura de Penha, ocorreu na noite desta terça-feira, a 2ª Reunião Ordinária do CONCIDADE de Penha. Nela os conselheiros votaram o requerimento de Bonvechio, referente a viabilidade para ampliação de atividade de mineração em terreno próximo da Rodovia da Transbeto, local decretado como Distrito Turístico.
O advogado do município Janilto Raulino afirmou que a ampliação das atividades da empresa é um atrativo do ponto de visto econômico, político-social, promovendo lucros para a empresa e sociedade em geral, no entanto não pode descuidar da preservação ambiental, sempre buscando desenvolvimento sustentável, com projetos de gestão, inovação, recuperação e educação do meio ambiente, juntando lógica econômica com lógica ambiental, caso contrário atuará de forma de desordenada, o que causará impactos diretos no meio ambiente. Janilto lembra da apresentação do requerimento pela empresa, onde foi proposto a insuficiente contrapartida na recuperação da área degradada pela própria empresa, através da doação de horas máquina para rebaixar a Rua Vereador Manoel Bento, onde a própria empresa que contribuiu para gerar problemas. “A empresa deveria ter tido a preocupação de recuperar seus próprios males durante a exploração já vinha efetuando. Restou claro que a empresa não possui nenhuma responsabilidade sócioambiental”, afirmou, votando pela reprovação do requerimento.
Gabriel Volpi, representante de associação de arquitetos e engenheiros, votou contrário ao requerimento após expressar sua preocupação para com a ampliação da exploração e Gilberto Manzoni se manifestou em nome do CONDEMA, votando também contrário ao requerimento.
O engenheiro ambiental Arno Gesser Filho fez o uso da palavra alegando que em contrapartida à liberação do requerimento, a empresa irá realizar investimentos na área do turismo do município para atender exatamente o que o plano diretor pede. Na apresentação ocorrida na 1ª Conferência Pública de 2021, em 15 de junho deste ano, a empresa também afirmava que retiraria espécies exóticas do local e geraria empregos para os munícipes.
Ao final da discussão, Maurílio Leite, Maurílio Duarte, Susana Perinotti, Márcio Piccoli, Dra. Nelida, Everaldo Bodo, Talia da Costa e Angelo Piazera Junior também pronunciaram seus votos contrários e reprovaram
O casal Soraia e Jefferson Quintino, que mora nas proximidades, afirma também que a Maiomaq não traz nenhum benefício ao município: “temos que deixar claro que aquele lugar é um ‘eixo turístico’ e deverá ser um lugar preservado e reservado para o turismo. Hoje a Maiomaq está explorando uma parte do terreno, infelizmente. Mas a população quer saber: o que será aquilo depois da exploração?”, conclui.
A população de Penha espera que a presidência do CONCIDADE de Penha passe a ser mais transparente na divulgação da próxima reunião, avisando PRIMARIAMENTE e PRINCIPALMENTE nas redes sociais da Prefeitura Municipal sobre a reunião.
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