O julgamento sobre o assassinato brutal da pequena Júlia Luany Aymone Alves, de 12 anos, ocorrido em fevereiro de 2015 em Penha, chegou ao tribunal nesta semana após uma década do crime e o desfecho do caso surpreendeu. A mãe e o padrasto da menina, apontados como autores do homicídio, foram absolvidos pelo júri popular, de acordo com o apurado pela jornalista Talita Catie, da NSC TV. Conforme explicação da Justiça, os jurados entenderam que a mulher não participou da morte da própria filha. Já quanto ao homem, entenderam que ele participou, mas resolveram absolver ele por livre motivação, conhecido também por clemência. O júri não precisa explicar o que levou a essa decisão.
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O casal nunca chegou a ser preso pelo crime e responde ao processo em liberdade. A mãe esteve no tribunal na última quinta-feira (08), mas o padrasto preferiu não, encaminhando os advogados de defesa. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) disse que vai recorrer da sentença de absolvição.
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A menina foi encontrada morta em 20 de fevereiro de 2015, em uma casa de veraneio na Praia do Poá, onde mãe e padrasto trabalhavam como caseiros. O laudo confirmou a morte por esfaqueamento, cujos golpes haviam sido desferidos no peito e no pescoço. MPSC sustenta que o assassinato foi praticado pelo casal e que nunca houve indícios da presença de outro criminoso na residência.
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Na época dos fatos, a Polícia Civil explicou que todos os laudos e depoimentos comprovam que a mãe havia matado a filha durante um ataque de ciúmes. Os laudos também apontaram que a menina vinha sofrendo abusos sexuais do padrasto. Com base nos relatos, foi concluído que o padrasto abusava da menor, que a menina não podia sair de casa, não tinha amigos. A perícia também concluiu que foi a mãe quem deu os golpes na filha. As facas apreendidas continham sangue da vítima e em uma delas tinha as digitais da mãe, segundo noticiou o jornal Diarinho na época dos fatos. Segundo a avó da criança, a mãe de Júlia a sofre de bipolaridade esquizofrênica, e em nenhum momento chorou pela morte de filha. A polícia chegou a pedir a prisão preventiva do casal, mas a JUSTIÇA negou a prisão por entender que eles tinham endereço fixo e estavam contribuindo com as investigações. O casal está morava em Jaguaruna, no Sul do estado.
Imagem: nd+