Em teste, Unidade de Compostagem de Balneário Piçarras vai transformar em adubo os resíduos orgânicos de 1.000 residências da cidade


PUBLICIDADE

O Instituto do Meio Ambiente de Balneário Piçarras (IMP) realiza na próxima quarta-feira (28) o teste piloto da Unidade de Compostagem, que está em fase de desenvolvimento na Estrada Geral da Lagoa.

O teste terá início às 9h, com o objetivo de definir os métodos de trabalho em larga escala após o lançamento. “Apesar da rica bibliografia disponível sobre processos de compostagem, não há um procedimento padrão reconhecido e estabelecido para as condições de trabalho que teremos na Unidade. Isso significa que processos que envolvem as leiras de compostagem, como a mistura da proporção de restos de alimentos e poda de árvores, ainda devem ser estudados e definidos em testes”, explica o biólogo do IMP, Miguel Pinho.

A compostagem é uma tecnologia que transforma diversos tipos de resíduos orgânicos em adubo. Esta variedade inclui desde resíduos de produção agropecuária até resíduos de tratamento de efluentes sanitários.

Para o funcionamento da Unidade de Compostagem, serão recebidos resíduos orgânicos provenientes de restos de alimentos provenientes de mil residências do município que se voluntariaram a separar seu lixo em 3 frações (recicláveis, rejeitos e resíduos orgânicos) e dos órgãos públicos municipais. A estes restos de alimentos, será somado resíduos de poda da arborização urbana e da coleta de resíduos de jardinagem coletados no município. A expectativa é receber mais de 500 quilos de resíduos por dia.

Como ação complementar, a partir da observação de problemas constatados na alta temporada de verão, a Unidade também receberá cascas de coco-verde coletadas na praia. Durante a temporada de verão são geradas em torno de 3,6 toneladas de cascas de coco verde por semana, recolhidas pela Secretaria de Obras da prefeitura e enviadas para destinação final em aterros sanitários. O objetivo é utilizar o material triturado para integrar a produção da Unidade de Compostagem.

“Podem haver impactos, como a geração de chorume, que devem ser mensurados e atenuados dentro de programas a serem observados pelos responsáveis pela operação da unidade. Esses cuidados a serem tomados serão o corpo da Licença Ambiental de Operação do local”, destaca o biólogo.

Para o teste piloto, serão aplicados restos de alimentos do refeitório do CIEF (Centro Integrado de Ensino Fundamental Prof Mirian Geny Friedrischsen) e resíduos de poda transportados pela Secretaria de Obras.

 

Imagem: Prefeitura de Balneário Piçarras