Com o objetivo de apreender documentos e provas relacionadas a suspeita do uso de notas fiscais em nome de empresas de fachada, conhecidas como “noteiras” em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Fazenda, Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) realizaram a operação Bacos do Oeste II.
A investigação começou quando um boletim de ocorrência foi registrado após a abordagem de um caminhão que transportava bebidas provenientes de uma indústria da região Oeste catarinense. Na nota fiscal, no entanto, continha endereço de uma empresa de fachada de Penha.
Segundo o delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Pedro Mendes, há oito meses é investigado o esquema de empresas noteiras utilizadas para registro de vendas da indústria de vinhos e derivados do Oeste. A fraude possibilitava que deixassem de serem recolhidos tributos como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Investiga-se ainda, a suspeita da criação e utilização destas empresas, bem como os responsáveis por tais atos.
A estimativa, segundo a Secretaria de Fazendo do Estado, é que o esquema tenha gerado prejuízo de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos. Os valores serão registrados após a análise do material apreendido na operação e perícia nos equipamentos de informática.
Durante a ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Pinheiro Preto, no Oeste catarinense; em Penha; e ainda em Curitiba (PR).