Ex-fornecedores da prefeitura de Penha prometem protestos: “queremos receber nosso dinheiro”


PUBLICIDADE

Há algumas semanas, o Cristiano, responsável pela Kuhra Terraplanagem, vem visitando a Câmara de Vereadores de Penha todas as segundas-feiras, onde faz um protesto contra a prefeitura de Penha: “Prefeito, você gostaria de ficar 7 meses sem receber?”, indaga ele em um cartaz. Segundo ele, sua empresa vendeu areia, macadame e pó de pedra para a prefeitura, e não recebeu. “Esse protesto do cartaz é só o começo”, disse ele ao Penha Online. Ainda segundo ele, o montante devido pelo município já chega a R$ 500 mil, com atraso de sete meses.

Já o Vilmar, da Jovil Segurança Privada, chamou o Penha Online para avisar que na segunda-feira da próxima semana(dia 06) irá levar seus seguranças para protestar durante a sessão da Câmara.

“São quatro notas atrasadas, mas já faz uns sete meses, eu acho, deve ter uns seis meses da primeira nota que tá atrasada. Então é complicado, a gente pagar todos os funcionários todos os meses, fui pagando, pagando, tive que pagar as rescisões todas. Então, além de eu não receber quase cem mil reais ali, tive mais um prejuízo de mais uns quarenta mil pra fazer a rescisão do pessoal, que eu tive que fazer em cima da hora, porque como eles não pagavam, eu fui obrigado a tirar. A gente fica indignado, né. Prestar o serviço pra uma prefeitura e chegar nessa situação, né, a situação de não receber o trabalho que a gente presta, então é muito complicado, porque a gente depende daquele valor pra pagar os funcionários, o lucro da gente, a gente é terceirizado, mas a nota é caro, tu tem que pagar os impostos, tudo, sobra muito pouco pra gente desse serviço, e ainda não receber, no meu caso, já há quase seis meses, tô com quatro meses de nota aqui pra receber, mas desde a outra que tá atrasada já deve estar dando quase uns seis meses. A gente fica indignado com a prefeitura, eles deviam também pensar nisso, né. Eu acho assim, não tem dinheiro para pagar, ver as outras coisas, tira de algum lugar ou tranca a torneira, faz alguma coisa ou dispensa o serviço, mas não manda as pessoas prestar o serviço e depois não pagar. Indignação é grande sim”, desabafou. A Jovil foi a empresa contratada pela prefeitura para fornecer guardas para a segurança do Pronto Atendimento, serviço que já não é mais prestado desde 13 de setembro, conforme matéria publicada aqui no Penha Online na ocasião.

Na sexta-feira(27), o Penha Online – a pedido dos fornecedores – questionou a prefeitura sobre ambas as dívidas, mas não houve retorno.

.