Família denuncia ataques homofóbicos contra aluno da rede municipal de ensino de Penha


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O Penha Online recebeu a revoltante informação da prática de homofobia que vem vitimando um jovem aluno de uma escola da rede municipal de Penha. O caso já foi repassado à Secretaria de Educação, e por esta razão, vamos ocultar o nome da escola, e consequentemente da diretora indicada na denúncia, para que as responsabilidades sejam apuradas e medidas venham a ser tomadas única e exclusivamente pelo setor responsável. A denúncia partiu da irmã da vítima. Acompanhe abaixo, na integra:

“Sou irmã de dois alunos que estudam nessa escola. Infelizmente já faz alguns anos que um deles vem sofrendo agressões, já foi quase linchado pelos alunos , chamam ele de viado, afeminado, já bateram a cabeça dele na trave do gol na educação física e chegou com um galo na testa. Esses alunos já até tentaram roubar a bicicleta dele no mercado. Ele vem há anos chegando roxo, machucado. Ele não esta querendo ir para a escola, esses alunos já até perseguiram ele na volta da escola. Eu estudei lá durante 9 anos e passei as mesmas coisas, minha mãe foi lá e falou com a diretora na época, não é de agora que a diretora vem sendo uma incompetente, debochada. Meu padrasto já foi na escola, meu irmão já falou pra diretora e nada foi feito. Aí se uns alunos desses manda o meu irmão pro hospital? Diretora sem paciência, não quer escutar os pais, a gente foi lá hoje tentar conversar de novo e ela saiu sem querer escutar, totalmente ignorante. ME DIZ SE É JUSTO MEU IRMÃO SER AGREDIDO POR ACHAREM QUE ELE É GAY? ELE VIVE CHEGANDO MACHUCADO EM CASA, OS PROFESSORES SEMPRE MANDAM BILHETE NO CADERNO PRA MINHA MÃE DIZENDO QUE ELE É UM ALUNO EXEMPLAR, DOCE, CARINHOSO, E POR QUE ACONTECE ISSO E NEM OS PAIS DESSES ALUNOS SÃO CHAMADOS? A diretora negou que minha mãe foi lá, negou que meu irmão falou pra ela, isso acontece há anos”, disse ela.

O Penha Online ouviu a Prefeitura de Penha sobre o caso, que em nota deu a seguinte resposta: “A equipe multidisciplinar da Secretaria de Educação iniciou a investigação sobre o fato para realizar as abordagens educacionais necessárias. A Secretaria de Educação não compactua com qualquer tipo de preconceito, seja racial, religioso, de gênero ou orientação sexual”.

Nossa reportagem vai passar a acompanhar o caso de perto, e assim, se situação persistir iremos junto da família fazer uma nova e explícita exposição pública do caso.

 

Imagem: Agência Brasil