Nesta segunda-feira (06), em razão da Festa do Divino, um feriado é observado na cidade de Penha e em algumas cidades da região, como Barra Velha e Camboriú. Em Penha no entanto a festa ocorre já durante este domingo, tendo o Imperador do ano, Raphael Rodrigo Neves, cumprido meses de rituais pela região.
A Festa do Divino é uma das mais antigas celebrações religiosas, realizada sete semanas depois do Domingo de Páscoa, no dia de Pentecostes, para comemorar a descida do Espírito Santo sobre os doze apóstolos.
A comemoração chegou ao Brasil com os colonizadores e, na primeira metade do século XIX. Em Portugal, a rainha Isabel de Aragão (1285-1325) foi a responsável pelo impulso dado à celebração, tendo ordenado a construção de uma igreja em homenagem ao Divino na cidade de Alenquer, no século XIV, dando início as celebrações. A soberana tornou-se protetora da Irmandade do Espírito Santo, assim promovendo as procissões e festejos no dia de Pentecostes. Do continente, a solenidade se deslocou ao arquipélago dos Açores.
O Espírito Santo é uma das três pessoas reveladas por Jesus Cristo e teria vindo dos céus sobre os Apóstolos e a Virgem Maria cinquenta dias após a Páscoa. Por isso, a festa litúrgica é chamada de Pentecostes e observada pela Igreja Católica desde sua origem.
A Bandeira do Divino – um pavilhão vermelho com a pomba branca ao centro – é carregada por músicos e rezadeiras que visitam a casa dos devotos para cantar e rezar. A fim de agradecer as orações é costume que o anfitrião sirva um lanche aos visitantes e faça uma oferenda conforme suas possibilidades econômicas.
A tradição é muito grande e ampla para abordar em uma única publicação; uma boa sugestão para saber mais é adquirir o recém-lançado livro “A Folia do Divino: Contada & Cantada por Picucho Santos”. A obra foi produzida pela filha do saudoso folião, Sarita Santos, e pode ser encontrada no Restaurante Pirão da Água, na Av. São João, n° 954, Armação do Itapocorói.
Imagem: @DivinoEspiritoSantoPenhaSC