Neste fim de semana, a Alexia, moradora de Penha e mãe da Maria Vitória, promoveu um protesto em Penha e em Blumenau. Alexia procurou o Penha Online e contou que está lutando para que devolvam sua filha.
“Eu fui vítima de um abuso, e engravidei. Aceitei a gestação porque o feto não tem culpa de nada, levei até o fim, tive a minha filha. Como sou mãe solteira, moro sozinha e não tinha condições de pagar uma pessoa pra ficar ela enquanto eu trabalhava, os padrinhos se dispuseram a me ajudar. Os padrinhos da minha filha têm casa em Penha, mas moram em Blumenau. Eles ficavam com ela umas três vezes na semana e quando vinham pra Penha, traziam ela pra mim e assim ia indo. Diante disso houve uma denúncia de que os casal estava com uma criança. Eles foram investigar, acham foto dos padrinhos com afilhada nas redes sociais e tiraram a conclusão que eu dei a menina pra adoção, mas não foi esse o caso. Tiraram a conclusão de que pelo fato de ela ser fruto de um estupro, eu não teria amor pela minha filha e a dei pra adoção, e eles que tirar a Maria Vitória de mim. Já teve duas audiências, as advogadas já recorreram… eu não vou aceitar isso de forma alguma. Eles não procuraram meus a parentes pra ouvir o meu caso, simplesmente decidiram que não vão devolver mais e pronto”, contou Alexia.
Uma das advogadas da Alexia falou com o Penha Online sobre o caso:
“O processo que Alexia responde é destituição do poder de família em razão de sua filha mais nova Maria Vitória. Esse processo corre em segredo de justiça. Teve início frente uma denúncia anônima feita junto à Comarca de Blumenau, de adoção irregular. Isso ocorreu porque Alexia sendo chefe de família, precisando voltar ao trabalho, não tendo onde e com quem deixar a menina, aceitou a ajuda dos padrinhos R. e F. que moravam em Blumenau e lá passavam a semana com a menina. Como F. e R. estavam inscritos no Cadastro Nacional de Adoção, alguém viu essa ajuda como uma adoção irregular, o que não é verdade. Estavam dando apoio à Alexia ajudando a cuidar da afilhada, sempre nas folgas do trabalho e nos finais de semana o casal deixava a menina com a mãe e com as irmãs. Pelo fato do casal ficar em Blumenau durante a semana e embora se tenha instruído o processo com fotos, depoimentos que comprovam que Alexia não deu a filha. O serviço social insiste na possível prática de adoção irregular. Estamos defendendo a tese que embora a menina ficasse durante a semana com os padrinhos para a mãe poder trabalhar, os vínculos familiares não foram cortados, se mantiveram. A verdade a ser provada é que Alexia não entregou a filha para adoção. Ela é mais uma mãe que precisando trabalhar e não tendo onde é com quem deixar a filha menor, a deixou com os padrinhos. Nunca esteve tanto tempo longe da filha como esse período de 4 meses que responde o processo, nem a visita foi autorizada o judiciário, agindo assim desconstitui os vínculos familiares, tudo em nome da investigação. Alexia quando engravidou de um estupro, não fez o aborto aceitou levar a gravidez até o fim. Teve a filha e a ama, e devido à denúncia, sofre a pressão, uma vez que o judiciário e o serviço social não têm aceitado suas justificativas, não entendem o fato dela ter aceito a ajuda dos padrinhos. Consideram o fato da menina ser fruto de um estupro superado por Alexia quando teve a filha e o fato dos padrinhos estarem inscritos no Cadastro Nacional de adoção. Esses pontos são levados em consideração na investigação que na verdade está destruindo duas famílias e impede a menina de estar crescendo no seio da família biológica”, disse a advogada Terezinha.
No dois protestos, Alexia buscou levar seu caso ao conhecimento da população e clamou para que a Justiça devolva sua filha.
Imagem: divulgação / Alexia