Leões-marinhos chegam à costa de Barra Velha

O frio chegou e, com ele, os leões-marinhos que se aproximam da costa de Santa Catarina nesta época do ano. Em Barra Velha, foram avistados pelo mergulhador Richard Montibeller, que aproveitou a proximidade para fazer um “ensaio fotográfico” dos animais. Richard fazia pesca submarina no dia 27 de maio quando encontrou quatro leões-marinhos no molhe da Praia Central, a cerca de um quilômetro da areia.

— Perto do inverno, eles aparecem aqui. Ficam nas pedras, onde tem peixe em abundância para eles e é bem calmo — comentou Richard.

Richard é morador de Barra Velha e já havia encontrado com os leões-marinhos no ano passado. Ele lembra que, no inverno de 2019, a “visita” foi um pouco mais cheia de surpresa: ele estava mergulhando quando os colegas que estavam na lancha começaram a chamá-lo para voltar para a embarcação. Quando saiu da água, descobriu o motivo: estava sendo perseguido pelos leões-marinhos.

— Eles são amistosos, mas são curiosos. E, se você estiver carregando peixes, podem vir atrás de você por causa disso — explica ele.

O leão-marinho é um mamífero e está no topo da cadeia alimentar. Ele geralmente é encontrado na região costeira da América do Sul, com colônias reprodutoras na costa do Uruguai, Argentina e nas Ilhas Malvinas. Nesta época do ano, deixam suas colônias e vêm para o Sul do Brasil por causa do alimento e para encontrar descanso. Os machos adultos podem chegar a 2,6 metros de comprimento e pesar até 350 quilos. As fêmeas podem atingir 2 metros de comprimento e pesar cerca de 144 quilos.

A espécie já esteve ameaçada de extinção, mas, com as políticas de proteção ambiental, atualmente a população está dentro dos padrões de normalidade. Mesmo assim, é importante preservá-los, além de manter distância dos animais e evitar fazer fotos com flashes, para não estressá-los. Quem avistar um destes mamíferos na praia, deve acionar a equipe do PMP-BS pelo 0800 642 3341. A ligação é gratuita e o telefone funciona diariamente das 8h às 17h30. É preciso informar o local de encalhe do animal e um ponto de referência.

 

 

 

 

Com informações do NSC Total e fotos de Richard Montibeller.