[VÍDEO] Mãe de estudante da escola da rede municipal de Penha faz graves denúncias e busca solução para problemas
A Daiana, mãe de uma estudante da rede municipal de Penha, e procurou o Penha Online no início da manhã desta quinta-feira(07), para solicitar a publicação do vídeo que acompanha esta matéria, e para deixar também um desabafo sobre a situação de duas unidades escolas do município.
“Meu nome é Daiana, sou mãe da Nicolly, aluna do 5° ano. Venho por meio desta , fazer uma denúncia em relação a precariedade, falta de transparência, interesse e planejamento, além da falta de professores no atual cenário escolar que ela e demais crianças se encontram. Nicolly é deficiente visual e autista. Estuda na Escola municipal São Nicola, acho que foi em setembro de 2023 foi fechada, interditada com a promessa de reforma, por se tratar de uma construção antiga. Os alunos então foram transferidos para a Escola Tavares, bairro São Cristóvão. Escola essa que também já tem seu fluxo de alunos sobrecarregados, precisou abrir espaço para receber alunos de outra escola, o que seria por pouco período, agora parece que virou permanente, causando um transtorno e revolta a todos. O prazo inicial de entrega da reforma escolar era para até 5 de fevereiro de 2024, depois falaram que era pra março, e agora prometeram pra julho….. todos os equipamentos da Escola São Nicolau foram retirados e distribuídos para outras unidades, porém não para a unidade aonde as crianças foram transferidas. Exemplo disso são os aparelhos de ar condicionado, que foram retirados da escola São Nicolau e não foram recolocados na escola do Tavares, aonde os alunos estão atualmente. As salas de aula do Tavares foram divididas com madeirite, para suportar duas turmas ao mesmo tempo. Essas salas não tem ventilação adequada e os professores de ambas as turmas não tem sequer privacidade para ensinar, pois o madeirite não abafa som, o que acaba atrapalhando as aulas de ambas turmas. As salas contam, com um amontoado de coisas, deixando os alunos sem espaço sequer para circulação. No caso da minha filha, que é deficiente visual, ela está com sua mesa escolar (essa comprada por mim, pois a mesma fazia atividades escolares em pé, por não possuir materiais adaptados a sua condição), junto à mesa da professora regente que tenta auxiliar ela nas atividades enquanto ministra aula para o restante da turma. Sendo assim, quando precisa levantar, Nicolly não tem espaço, e seus colegas de classe são quem ajudam ela para ir ao recreio, ao banheiro e assim por diante. Crianças estão fazendo o papel de professor auxiliar. Outra coisa que acontece constantemente é a queda de energia. As salas que já possuem ar condicionado não podem ligar os mesmos, pois a energia elétrica sofre queda, gerando ainda mais transtornos. Não há professores de educação física e outras matérias. Ontem durante a reunião de pais, descobrimos que a prefeitura enviou um monitor apenas, para dar conta de todos os alunos com necessidades especiais que frequentam a escola São Nicolau e Tavares. Então o monitor teria que fazer rodízio e ficar um pouco do seu tempo com cada aluno que necessita, o que é um absurdo tendo esses alunos respaldo por lei o direito a educação especial e a inclusão. Cada aluno tem uma dificuldade diferente, exemplo disso é que minha filha tem orientação médica em laudos , sobre o uso e aprendizagem do Braille e isso não ocorre. Seu material estudantil não é adaptado para sua necessidade, nós pais em casa e a professora na escola e que tentamos minimizar as dificuldades que ela enfrenta e isso vem causando atraso na evolução educacional dela e dos demais colegas, que muitas vezes também precisam ajudar ela. Tudo que podia ser feito antes dessa denúncia, foi tentado tantos pelos pais, quanto pela equipe escolar. Sendo assim, entramos agora com denúncias públicas, incluindo Ministério Público. É revoltante tudo isso. Não só com a minha filha mas com todos os envolvidos. Agora jogaram o prazo pra julho, porém nem mexendo na escola estão. Nini é conhecida por todo o mundo devido à batalha contra a doença ocular. Essa é só mais uma luta que pretendo vencer e sei que vai ajudar outras famílias”, relatou Daiana. A prefeitura de Penha foi procurada pelo Penha Online mas não teve tempo hábil para dar o retorno. Tão breve haja respostas, será incluída nesta matéria. Assista ao vídeo abaixo, que traz imagens da própria criança explicando os problemas.
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