Mães lamentam interrupção do atendimento de fonoaudióloga em Penha


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Uma mãe moradora de Penha reclama do atendimento de fonoaudiólogos por parte da Secretaria de Saúde. Segundo ela, a clínica que prestava serviço à prefeitura encerrou o contrato mesmo com uma demanda reprimida de 500 exames, e que o setor atendeu estipulou atender 40 crianças antes das eleições, e agora está reduzindo essa cota: “Eu, esperando há muito tempo para minha filha fazer a fono antes da eleição, vi que saiu a consulta dela há uma semana, e a clínica de informou que não poderia atender mais porque não pagaram a clínica. O que eu sei é que eles liberaram para esses 40 pacientes, depois tiraram 17 e agora ficou só esses pouquinhos. E a proposta era atender a demanda reprimida, que são 500. Ia aumentar gradualmente, coisa que não aconteceu, na verdade diminuiu gradualmente e agora chegou em nada”, revela a moradora, apresentando a requisição do atendimento da filha, acusando a Saúde de ter abandonado as crianças que aguardavam atendimento, sem nenhuma explicação.
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“Faz tempo que nós estávamos esperando na fila e fomos chamadas antes da eleição. Quando foi semana passada, eles retornaram para mim e falaram que não ia mais ter a fono, porque a Prefeitura não pagou e eles estão cancelando, e agora todas essas crianças não tem mais atendimento. E nós, como mães, estamos querendo respostas. Eles iriam também liberar mais sessões para as crianças que tinham problemas e problemas crônicos, como síndromes, o autismo – isso que foi o prometido. No papel estava escrito que era válido por 90 dias e teria direito a 12 sessões. E o que que aconteceu com essas sessões, o que que aconteceu com isso? Todo mundo aqui paga os impostos e todo mundo aqui tem direito à saúde. Isso é direito da criança. Ainda mais as crianças que são autistas. Ainda mais as crianças que têm síndrome. É o fim do mundo não ter isso aqui. Eles contratam, ah não, mas agora não vai ter mais dinheiro. Então não deveriam nem ter contratado, né?”, acrescenta.
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De acordo com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Penha, ouvida pelo Penha Online, o não-atendimento do setor de fonoaudiologia não aconteceu por falta de pagamentos, mas porque a profissional efetiva pediu exoneração do quadro da Prefeitura, e a secretária Bárbara Lugogo retomou o andamento com uma profissional terceirizada, para atender a demanda. Ao contrário do que diz a mãe da paciente, o atendimento da especialista não possui cotas – é liberado conforme a demanda, e já foi incluída em futuro concurso público a vaga para profissional efetivo de fonoaudiologia.

 

Imagens: Penha Online / ilustrativa / arquivo