Um morador do Centro de Penha está avisando e solicitando que a prefeitura de Penha envie responsáveis para avaliar um terreno ao lado do Edifício Paladium, na Rua Florianópolis, local onde há muitos caramujos africanos tomando conta do terreno e se espalhando para os vizinhos.
O maior prejuízo ambiental causado pela presença do caramujo africano é a perda de biodiversidade. O caramujo africano age no ambiente como uma espécie exótica invasora que compete com as espécies nativas por espaço e por alimento. Neste processo de competição ele supera as espécies nativas por ter tamanho maior e por se alimentar de quase qualquer coisa, possuir uma taxa de crescimento e reprodução mais rápida e elevada, além de não possuir predador. O caramujo africano também pode servir como hospedeiro de vários parasitas e depois de mortos as conchas vazias podem acumular água e servir como reservatório para larvas do mosquito Aedes aegypti.
Este caramujo também está envolvido na transmissão do nematódeo Angiostrongylus cantonensis, que causa no homem a meningite eosinofílica, com casos no Brasil. Estudos experimentais também demonstraram a possibilidade de atuarem como transmissores de outro nematódeo congenérico Angiostrongylus costaricensis, que causa no homem a angiostrongilíase abdominal, zoonose endêmica da América Central, e com registros no Brasil.
Imagem: Cadu Wegner / Informações adicionais: Secretaria de Saúde do Paraná