Nesta semana moradores da Praia de São Miguel fizeram um vídeo mostrando os detalhes da obra do PRAD (Plano de Recuperação de Área Degradada) realizada no local em 2019, que não foi concluída e a parte executada já se deteriorou.Durante todo o ano de 2021 foram vários os pedidos de socorro e alerta por parte dos moradores, e tudo continuou do mesmo jeito. Janeiro e fevereiro se aproximam e, sendo naturalmente meses chuvosos, os moradores já estão aflitos.
O serviço começou a ser idealizado na morraria a partir de 2017. A Prefeitura de Penha afirmou à época que um engenheiro próprio e também o engenheiro da empresa responsável deveriam acompanhar as obras de muito perto, no entanto, isso – segundo os moradores – não teria acontecido, pois as obras eram frequentadas somente pelos trabalhadores e às vezes alguns vereadores apareciam pra tirar selfie. Os reclamantes afirmam que lhes foi dito em uma reunião que a verba teria acabado, e o Governo Federal não teria mais para mandar à essa obra.
O projeto foi dividido em três etapas, para facilitar a obtenção e investimento de recursos. A primeira aconteceu junto à Rua Sinei J. Perreira, considerada com risco iminente de deslizamento. Foi feito ali a contenção das encostas com retaludamento e construção de calhas para escoamento da água da chuva, além da implantação de dissipadores de energia em concreto armado. O volume de corte e aterro será de 57.045,93 metros quadrados, numa área de 300 metros de extensão. O valor de investimento foi de cerca de R$ 280 mil.
Outras duas etapas do PRAD aconteceriam em duas áreas situadas ao longo da Rua Arno Becker, a principal estrada da localidade de São Miguel. Ao custo quase R$ 300 mil a obra feita por CR Artefatos de Cimento e já apresenta diversas deteriorações nos materiais fornecidos, bem como na colocação dos mesmos.
Em julho de 2019 a Defesa Civil de Penha mapeou residências na região da Praia de São Miguel, com objetivo de ter em mãos informações importantes para garantir a segurança dos moradores. O Morro Sul da Praia de São Miguel era considerado pela Defesa Civil, área degradada e com risco de deslizamento. Um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) foi elaborado, e o município pedia liberação de verbas do Governo Federal, através da Defesa Civil Nacional, para realizar as obras de prevenção.
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