Segundo Caio Guerra, Elen Pelissaro e Felipe Theodorovitz, meteorologistas da Defesa Civil de Santa Catarina, os meses de maio, junho e julho são caracterizados pela transição do final do Outono e início do Inverno no Hemisfério Sul. Durante o Outono, os dias são marcados por uma grande amplitude térmica: as manhãs são mais frias, enquanto as tardes permanecem quentes. No Inverno, eventos de precipitação invernal, geadas e temperaturas negativas na serra catarinense são comumente observados. Em termos de precipitação, o litoral e os planaltos passam a apresentar um período mais seco (50 a 130 mm no mês), enquanto no Grande Oeste os volumes de chuva aumentam consideravelmente em relação aos meses anteriores, ficando entre 150 e 200 mm.
No momento, as temperaturas das águas do oceano Pacífico Equatorial se encontram em situação de neutralidade. A previsão da maioria dos modelos indica um aquecimento dessas águas ao longo do próximo trimestre, com um evento de El Niño se consolidando no final do período com intensidade moderada a forte.
No mês de Maio, a chuva deve ficar próxima a acima da média nas áreas vizinhas ao estado do Rio Grande do Sul e litoral catarinense. Os modelos meteorológicos indicam muita incerteza para a previsão dos próximos meses. De forma geral, a chuva deve ficar dentro da média nos meses de Junho e Julho, mas não se descarta a ocorrência de eventos extremos.
O próximo trimestre será mais quente do que o normal. O período será marcado por veranicos e não há expectativa de frio duradouro. Alguns eventos de frio intenso devem ser observados, mas em poucos dias as temperaturas voltam a subir.
Com o aumento do volume de chuva no período, a tendência é de melhoria nas condições de estiagem no Oeste Catarinense. Danos causados pela agitação marítima e ressaca nas regiões costeiras devem ocorrer com menos frequência em relação a um outono típico. Os nevoeiros passam a ser mais comuns, trazendo risco para a navegação e o trânsito.
Imagem: Defesa Civil/SC