Nesta semana, enquanto uma leitora registrava este vídeo ao final da Rua Espírito Santo, na Praia de Armação, Águas de Penha e prefeitura participavam de uma audiência no Fórum em Balneário Piçarras sobre a implantação da rede de esgoto em Penha, que teve também a participação de representantes da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS).
A justiça deu diretrizes para ambos, que a princípio foram acatadas. Na audiência a concessionária reafirmou perante o juiz e Ministério Público a disposição de implantar os sistemas a partir do momento em que o município ceder as áreas para construção das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e Estações Elevatórias de Esgoto (EEE), conforme acordo firmado no contrato em 2015, ou ainda, que o município transfira essas suas obrigações à concessionária, sob a contrapartida de um reequilíbrio contratual, sendo esta segunda opção – por ora – acordada entre as partes.
O executivo penhense, através do prefeito Aquiles da Costa, afirmou nesta madrugada que a reunião foi importante e que já foi escolhida a área para desapropriação, e que a Águas de Penha terá de fazer o pagamento aos proprietários destes locais.
Agora, o município deve indicar estas áreas para a instalação das ETEs e EEEs, o que deverá ainda passar pela Câmara de Vereadores. Em seguida a ARIS apresentará à justiça os estudos de recomposição do equilíbrio financeiro do contrato em uma nova audiência, prevista para ocorrer em março.
No contrato firmado em 2015, a obrigação de entrar com participar cedendo terrenos e indenizar os proprietários ficou por conta da prefeitura, que na atual gestão alega não ter verba para tal conforme conversa mantida com o então controlador interno do município de Penha, Eduardo Bueno no último dia 22 de janeiro; na ocasião Duda Bueno pontuou que Penha não tem condições de realizar a desapropriação das áreas apontadas como ideais para a instalação da ETE: “o primeiro terreno que eles tinham visto, custava em torno de R$ 5 a R$ 6 milhões. Como é que a prefeitura vai pagar isso? É uma parcela do Finisa, daria pra asfaltar um montão de ruas”, diz.
Caso fique decidido que a empresa venha a arcar custos das desapropriações, conforme segundo apuração feita pelo Penha Online junto a Águas de Penha, a tarifa do serviço de distribuição de água deverá sofrer um reajuste, ou reequilíbrio de 3%, a exemplo – segundo a empresa – do ocorrido em São Francisco do Sul, onde a holding Aegea também possui concessão para o serviço de abastecimento de água e tratamento de esgoto.
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