[VÍDEO] Penha: cavalete, tábuas e afins: materiais despencam de prédio em construção e apavoram proprietário de imóvel vizinho

A construção de um prédio na Rua Luis Vicente da Silva, bairro Armação, em Penha, tem gerado graves transtornos e colocado vidas em risco, segundo denúncia feita ao Penha Online por um vizinho do local, proprietário de uma pousada, que relata que materiais como pedras, respingos de concreto, tábuas, caibros com mais de 3 metros, toras de escora e até cavaletes já despencaram do edifício, atingindo sua estrutura e assustando hóspedes e funcionários. Em um dos episódios, uma tábua com pregos caiu dentro da piscina da pousada, enquanto uma criança nadava no local.
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De acordo com o denunciante, a situação envolvendo a construção do Golden Green Residence, da Premier Propriedades, se arrasta há mais de um ano e meio. Durante esse período, ele registrou cinco denúncias formais na Prefeitura. Mesmo assim, os trabalhos continuaram e os problemas se intensificaram. A falta de telas, bandejas de proteção e identificação técnica da obra são apenas alguns dos pontos levantados nas denúncias, que ocorreram em alguns momentos da construção. Na sexta-feira da última semana, dia 30, após o cavalete, o Penha Online fez contato com a empresa, que em breve promoveu a manutenção do telhado quebrado, porém o reclamante afirma que não foi a primeira vez que materiais caíram, enviando ao portal cerca de 30 imagens que comprovam a situação.
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“É um ano e meio me incomodando, os caras se comprometeram de fazer as coisas aqui e não fizeram. É muito objeto caindo, já quase matou gente aqui embaixo. Já perdi funcionário porque não quer trabalhar mais aqui, por questão dessa falta de segurança. Eu já fiz a denúncia cinco vezes na prefeitura, interditaram a obra, eu não sei porque a obra continua. E não resolve. Primeiro começou caindo pedra, caiu madeira aqui do décimo andar com mais três metros de comprimento. Até o oitavo andar não tinha uma bandeja de proteção, nada. Eu tive que trabalhar aqui cercando o meu espaço dentro da pousada. Tá interferindo no bem-estar e lazer dos meus clientes por conta dos bonecos. Botaram a rede aqui toda rasgada, toda furada, fora da legislação“, desabafa o empresário.
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“Essa travessa de três metros de comprimento caiu aqui em cima do meu varal, arrebentou todas as cordas de varal. Se eu tô com a minha funcionária ali lavando roupa, matava. O dia que essas madeiras caíram caiu também madeira dentro da minha piscina coberta com prego e a criança dentro da piscina tomando banho. A gente não é contra desenvolvimento, mas as coisas tem que ser feitas com responsabilidade, com ordem, com respeito às leis, com respeito às pessoas, com respeito à propriedade. Ninguém tá inventando a roda, a gente quer aquilo que tá na lei”, completa.
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Ele afirma que já ter reunido documentos e fotos para acionar a Justiça e, por segurança, decidiu tornar pública a situação. Ele espera que a divulgação do caso pressione as autoridades a agir com mais rigor.
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Um dos proprietários enviou nota ao Penha Online no mesmo dia da ocorrência: “Referente ao ocorrido pela manhã, realmente bateu uma rajada de vento e um cavalete caiu sobre o telhado que a construtora executou de proteção no interior do estabelecimento do vizinho ( já construímos o referido telhado para o vizinho, afim de trazer proteção). Imediatamente após o ocorrido foi deslocado o pessoal da Construtora que após insistência, o vizinho liberou a entrada, onde prontamente fizemos a limpeza e inícios do serviço para reparo . Só não foi possível finalizar nesta data devido a telha (do telhado o qual fizemos ao vizinho para proteção) ser fornecida por uma empresa de Itajaí e chega amanhã”. Ele ainda afirmou que a proprietária da obra é a Golden Green empreendimento SPE, que a obra é devidamente regularizada, que a empresa trabalha com contratação devida de acompanhamento de responsabilidade técnica, o prédio tem tela e bandeja de proteção, que já ocorreram outros dois eventos que foram devidamente resolvidos como esse último está sendo conduzido.
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Diante das denúncias recorrentes e o risco de acidentes graves a população reforça o apelo aos órgãos competentes, como Prefeitura de Penha, Secretaria de Fiscalização, CREA-SC e Ministério Público, para que averiguem com urgência a situação no local. Confira as imagens no vídeo a seguir.
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