Uma moradora de Penha reclama de uma situação delicada, que envolve dor e incertezas. Ex-agente endêmica, no dia 9 de abril, ela passou por uma cirurgia em um joelho e teve recomendação médica para realizar fisioterapia. No entanto, durante o tratamento, o mesmo foi interrompido. “O médico me indicou 30 sessões de fisioterapia, acontece que só fiz 11, me jogaram pro final da fila, porque têm outros pacientes. Agora te pergunto: como consigo fazer meu tratamento pra não ficar com sequela, sem a fisioterapia indicada? Eles disseram que estão com uma quantidade muito grande de pessoas e então tem que fracionar a fisioterapia de quem já está fazendo, para dar assim para dar oportunidade para outras pessoas. Como vai dar oportunidade para outras pessoas se eu não consegui fazer já faz um mês. Eles já me mandaram parar a fisioterapia e ainda continuo com dor, dificuldades. Porque o meu joelho tem que fazer movimento. Eu fiz 11 sessões, faltam mais 19 e não sei quando vão me chamar. Como que eu vou fazer pra trabalhar se ainda nem terminei a minha fisioterapia? Tá me prejudicando, entendeu? E meu auxílio-doença termina agora, esse mês. E aí, como que eu vou fazer? Sem ter alta na fisioterapia, e com dor, pra poder dar continuidade na minha vida. ‘Ah, tem outras pessoas e a gente tá com pouco fisioterapeuta’. Então é assim, eles estão fracionando, mas daí já tô um mês parada sem fazer o tratamento, daí ele regride tudo de novo. Inclusive, no período que eles me chamaram para fazer fisioterapia, eu ainda tive que parar no meio 15 dias porque o fisioterapeuta que estava aplicando os meus exercícios entrou de férias. Então ele ficou 10 dias de férias, eu fiquei 10 dias parada, daí voltou, daí fiz umas duas sessões depois que voltou e já me cortaram, dizendo que tinha que dar a chance para outras pessoas. E aí, o que acontece? Ou faz o tratamento como o médico pede, ou como que eu vou ficar de boa. Então não sei o que que eu faço. Eu já mandei mensagem para eles para saber quando o meu tratamento irá retornar, eles nem visualizam”, disse ela ao Penha Online. A prefeitura de Penha foi questionada sobre o caso e enviou a seguinte nota: “A fisioterapia funciona de 10 em 10 sessões. Após as 10 sessões, é feita a ‘alta programada’, que são 15 dias aos pacientes até que chamem novamente e daí o profissional vê a necessidade de fazer mais sessões. Neste caso, apesar do médico recomendar 30 sessões, o fisioterapeuta analisa a necessidade e evolução do paciente para verificar quantas sessões são necessárias (a paciente em questão fez 13 sessões até o momento). Além de todo o tratamento feito no local, é preciso que os pacientes façam os exercícios indicados em casa para obter a melhora em 100%. E o paciente não entra para o final da fila, entra na fila de retorno”.