A Fundação Cultural de Penha Picucho Santos participa neste sábado, 28, em Imbituba, da cerimônia de lançamento da segunda Biblioteca Açoriana Machado Pires II, dentro do estado de Santa Catarina. O momento, histórico para o município do sul do estado, também marca a assinatura de tratado para a instalação do terceiro acervo literário açoriano – em Penha.
A criação da Biblioteca Açoriana Machado Pires II é fruto de convênio firmado entre Casa Açoriana de Vila Nova, de Imbituba e o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – com o apoio do Governo dos Açores e a Casa dos Açores de Santa Catarina. A Biblioteca é um espaço que tem por essência as obras de escritores dos Açores.
“Neste ato, formalizo por ofício ao Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – representante do Governo dos Açores, no Brasil – nossa intenção em sediar a terceira Biblioteca Açoriana em Santa Catarina. O Governo dos Açores terá 90 dias para formalizar a instalação da Biblioteca Açoriana em Penha”, confirma o superintendente cultural de Penha, Eduardo Bajara.
O protocolo oficial para instalação será entregue à representante do Governo dos Açores no Brasil, professora Vilca Merízio. “O Diretor Regional das Comunidades de Açores, José Andrade, já deu o aval para o início do processo de implantação da Biblioteca Açoriana em Penha. Será um rico espaço para pesquisa e valorização da cultura de base açoriana, que é a base da nossa história”, comemora Bajara Souza.
A Biblioteca Açoriana Machado Pires I está no Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), em Florianópolis, com a segunda em Imbituba. Em Penha, o futuro acervo já tem espaço reservado: Casa da Memória Dico do Amâncio. “Nós já temos o espaço reservado para a Biblioteca dos Açores, que será formado por obras das mais variadas temáticas, mas produzidas exclusivamente por açorianos. Há produção literária nos Açores é extremamente valiosa e rica e será compartilhada conosco periodicamente”, acrescenta Bajara.
A Casa da Memória Dico do Amâncio, também sede da Fundação, foi inaugurado em julho de 2021 e reúne uma fatia generosa da história cultural, artística e política de Penha. Organizada por áreas tematizadas, a Casa é considera o museu penhense. Para Bajara, “a Casa da Memória é formada por vários espaços culturais, cada um mostrando uma vertente cultural da cidade de Penha”. No mesmo espaço, a Fundação homenageia o Professor Décio José Custódio, que faleceu durante a pandemia do Covid-19. Décio era Professor de música do Projeto Musicar na Escola e um extremo apaixonado pela cultura de base açoriana local.
Imagem: Prefeitura de Penha