A Polícia Civil de Santa Catarina, por intermédio da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV), unidade especializada da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrou a operação “Cifra Oculta”.
Ao todo foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em cidades de cinco estados: em Ananindeua (PA), Curitiba (PR), Viadutos (RS), Sete Barras (SP) e os demais no estado de Santa Catarina em Itajaí, Balneário Camboriú, Navegantes, Itapema, São Francisco do Sul e Balneário Piçarras. De acordo com o delegado Jeferson Prado também foram sequestrados bens no valor de R$ 50 milhões.
A investigação identificou sofisticado esquema de lavagem de capitais decorrentes de diversos crimes, especialmente tráfico de drogas e organização criminosa. Dentre os crimes investigados estão a aquisição e utilização de interpostas pessoas para movimentação de criptomoedas e de contas bancárias, utilização de pessoas jurídicas fantasmas, a utilização de pessoas jurídicas para a mescla de valores e dissimulação de lucros e dividendos e aquisição de bens de luxo. A investigação apontou movimentação expressiva de valores e de bens de modo que estão sendo cumpridos também mandados de sequestro de bens no importe de R$ 50 milhões.
Projeto Impulse
Segundo Pedro Mendes, diretor adjunto da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC), a operação é de vital importância para coibir o crime de lavagem de dinheiro em Santa Catarina, e contou com o apoio das Polícias Civis de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e do Pará, das demais unidades especializadas da DEIC, Diretoria de Inteligência, CORE e do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro, além do MJSP, através do Projeto Impulse, que está inserido no Programa de Enfrentamento a Organizações Criminosas (Enfoc).
Imagem: Polícia Civil/SC