Polícia Militar fecha fábrica de filhotes e recupera cães e gatos em situação de maus-tratos
A Polícia Militar foi acionada para uma ocorrência na Rua Eugênio Pezzini, bairro Murta, em Itajaí. A denúncia dizia que havia uma casa onde se criava e comercializava animais domésticos de raça de forma clandestina. No local, os policiais ouviram latidos vindos de um corredor estreito que dava nos fundos da residência.
Do lado de fora foi percebido forte cheiro de excrementos característicos de locais com muitos animais e, como os latidos só aumentavam, foi chamado um dos proprietários, uma senhora de 60 anos, a qual recepcionou a guarnição e titubeou em permitir a entrada na residência, apresentando nervosismo e fazendo perguntas desconexas.
Como o portão estava aberto e se tratava de aparente crime em situação de flagrante, os policiais optaram pela entrada como autoriza a Constituição Federal.
No imóvel, constatou-se dezenas de animais em estado de maus-tratos, pois estavam em local extremamente pequeno, mal cheiroso e sujo. Conviviam com suas fezes e alguns estavam amarrados. Além disso, a residência contava com cômodos que serviam de cativeiros para procriação e revenda de animais de raça, com alto valor de mercado e que estavam separados por idade e raça.
Dada a situação, a guarda municipal ambiental esteve no local e constatou os fatos, acionando o Instituto Itajaí Sustentavel (INIS), que esteve presente e conduziu os animais às suas dependências para guarda e destinação. Eram mais de 40 animais, entre gatos e cachorros.
Também havia um menor residindo no local, de 13 anos, neto dos conduzidos, que se encontrava em situação de vulnerabilidade e insalubridade, pois o local destinado à sua guarda estava todo sujo, mofado, era pequeno e ele não apresentava boa saúde física e mental, conforme análise dos conselheiros tutelares.
Após as apurações, todos foram conduzidos à Delegacia para as providências.
Imagem: Polícia Militar de Itajaí