Mais rápido, mais barato e mais duradouro. Essas são as promessas da pavimentação com concreto usinado, um tipo de obra de urbanização bastante usada em estados como Rio Grande do Sul que está começando a ser testado em Penha.
Trata-se basicamente de concretar as ruas ao invés de usar lajotas. Assim como nas demais obras de pavimentação, o terreno é preparado antes, incluindo a colocação de malha de ferro em regiões de morraria ou com solo mole.
Sete ruas do município já receberam – ou estão recebendo – essa benfeitoria nos últimos meses: Pedro Domiciano Pereira, Nicolau dos Santos e Salvador Mateus, em Armação; Eduarda Paulina da Costa, no Gravatá; Vicente Bento, Antônio Maria e Dona Francisca, em Santa Lídia.
“A economia média com essa obra em comparação com as estradas com lajota é de 30%”, indica o engenheiro Orli Carlos Ferreira Júnior, que acredita na qualidade do novo tipo de pavimentação. “Na verdade tem durabilidade maior que a pavimentação típica e ainda é mais barata a sua manutenção, no caso de fazer consertos”, apontou.
Outra vantagem é a rapidez com que as ruas podem ser pavimentadas se for optado pelo concreto usinado: “A pavimentação média diária pode ser de 600m2 a 1000m2, dependendo única e exclusivamente da entrega de material”, explica Orli. “Uma rua como a Margarida Vieira, que foi pavimentada com lajota e demorou 10 meses, poderia ser executado em menos de um mês com esse método”, acredita.
Uma das diferenças é na liberação da rua pavimentada, que com concreto usinado pode demorar de 48 a 72 horas, dependendo do tipo de tráfego que a rua recebe. Também é necessário que a rua seja molhada constantemente nas primeiras 2 semanas, para evitar que aconteça fissuração na fase inicial de resistência.
A fissuração, que ocorre na fase inicial de resistência, tende a ser ser superficial, dependendo da participação dos moradores em molhar constantemente nas primeiras 2 semanas. “O processo de molhar o concreto é para auxiliar na cura do concreto, diminuindo a exsudação”, explica o engenheiro. Ele não descarta o aparecimento de fissuras com o passar dos anos, mas esclarece que além de serem de fácil conserto, já está sendo estudado fazer juntas de dilatação nas novas obras, que esconderão essas fissuras. “A fissuração vai acontecer, é concreto, ele retrai muito devido o processo de exsudação. Mas toda obra de pavimentação, seja com asfalto ou lajota, também sofre desgaste com o tempo e precisa de manutenção”, lembra.
O secretário de serviços urbanos de Penha, Alessandro Rubens da Silva, o Sandro, acredita que até sexta-feira deve concluir as obras da Rua Dona Francisca, na Santa Lídia, e também da Nicolau dos Santos, em Armação. “Será feito uma segunda etapa da Vicente Bento, interligando ela com a Dona Francisca e Princesa Isabel, mas começará a ser feita agora só no ano que vem”, sinalizou.