Você sabia que a pesca artesanal é responsável por mais da metade do pescado capturado no mundo? Conforme dados divulgados pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) o setor é responsável, ainda, por empregar mais de 90% dos 35 milhões de pescadores que atuam no planeta. Contudo, a atividade pode estar ameaçada devido algumas ações antrópicas – que são causadas pelo homem – como a poluição costeira.
Conforme o boletim de Pesquisa e Desenvolvimento divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a literatura é clara quando trata dos impactos negativos à pesca. De acordo com o documento, na pesca artesanal marinha, o cenário de degradação dos ecossistemas costeiros, provocado pela ação do homem, tem sido o principal fator de redução dos estoques mais explorados pelas comunidades pesqueiras e põe em risco a perpetuação da atividade.
Por isso o saneamento básico entra como um fator fundamental para a manutenção dessa atividade econômica. Conforme Reginalva Mureb, presidente da Águas de Penha, água tratada e esgotamento sanitário são ferramentas decisivas na proteção ambiental. “Falando especialmente da coleta e tratamento de esgoto, esta é uma atividade primordial principalmente nas regiões praianas e que têm no extrativismo uma das bases de sua economia”, comenta.
Uma cidade que não trata seus efluentes corre o risco de ver sua natureza destruída e suas fontes de lazer e renda comprometidas.