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[VÍDEO] Secretaria de Segurança Pública de Balneário Piçarras descobre fábrica clandestina de churros em Penha; produtos eram vendidos nas duas cidades e também em Barra Velha

Uma fábrica de churros, montada dentro do baú de um caminhão, foi descoberta e interditada na Praia Alegre, em Penha (assista ao vídeo abaixo, ao final da matéria). O veículo estava estacionado em meio à vegetação, em uma Área de Preservação Permanente. Além da completa falta de higiene, os donos furtavam energia elétrica através de um “gato” no poste. O alimento era vendido em várias praias de Balneário Piçarras, Penha e Barra Velha.

A equipe da Secretaria de Segurança Pública de Balneário Piçarras vinha fazendo fiscalizações nas praias e identificou ao menos 12 vendedores ambulantes que comercializavam churros. Sem nenhum tipo de autorização, os trabalhadores circulavam livremente. Foi quando os servidores decidiram apurar a “fonte”, de onde vinham os doces. Ao descobrir a “fábrica” do outro lado do Rio Piçarras, já em Penha, o secretário da pasta, Paulo Debatin, entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Penha, com quem articulou a ação conjunta .

A ação entre Vigilância Sanitária e Fiscalização ocorreu na manhã desta quarta-feira (27). O caminhão ficava estacionado na restinga da Lagoa do Quinca Ludo, na Praia Alegre. Segundo o secretário, uma família de quatro pessoas lideravam o negócio. Eles dormiam dentro do baú, no mesmo local onde os churros eram feitos. Do lado de fora, um acampamento abrigava alguns vendedores, que circulavam por Penha e Piçarras. A família chegava a recrutar moradores em situação de rua para fazer as vendas, revela Paulo. Eles estavam no local há pelo menos um ano. Durante esse tempo, jogavam o lixo produzido na mata, furtavam energia elétrica dos postes, lavavam a louça no rio e cozinhavam no sol, sem estrutura adequada ou alvará sanitário.

Os proprietários da “fábrica” foram orientados a retirar o caminhão do local. O gato de energia elétrica foi removido e os alimentos apreendidos. Paulo conta que nesta tarde fará um boletim de ocorrência para que a Polícia Civil investigue o caso. Além do risco aos consumidores, a família pode responder pelo furto de energia e pelo crime ambiental. Ninguém foi preso.

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Imagem: Prefeitura de Balneário Piçarras