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Secretários e diretores de Centros de Educação Infantil de Penha passam por qualificação para Lei Lucas

A Secretaria de Educação de Penha realizou nesta semana, uma estratégica capacitação com cerca de 80 secretários e diretores dos Centros de Educação Infantil (CEI´s) e Escolas Municipais. A temática focou na Lei Lucas (13.722/2018), que institui como obrigatória a capacitação em primeiros socorros de equipe gestora, professores e funcionários das unidades de ensino.

Com carga horária de 8h, o instrutor Cristiano Pereira, da empresa Treinamentos Life, foi o responsável por ministrar as orientações em consonância com a legislação nacional. “O tema vem ganhando relevância desde a implantação da Lei Lucas, em 2018, porém não é todo mundo que percebe como as técnicas de salvamento são, de fato, importantes em situações cotidianas”, detalha a vice-prefeita e secretária de Educação, Maria Juraci Alexandrino.

A capacitação, ao longo do ano letivo, será ampliada a todos os professores que integram a rede municipal de ensino. A norma surgiu depois da morte do menino Lucas Begalli Zamora de Souza, de apenas 10 anos, que se engasgou comendo um cachorro-quente em um passeio da escola. Ninguém da equipe sabia o que fazer diante da situação, e a espera pela equipe médica especializada fez com que minutos importantes fossem perdidos.

“O acontecimento chamou atenção para a necessidade da equipe escolar conhecer técnicas, mesmo que básicas, de salvamento. Afinal, com uma manobra correta, o jovem Lucas ainda poderia estar vivo”, reforça Juraci. A instituição que descumprir a medida irá sofrer penalidades que variam de uma notificação até a interdição e o fechamento do local.

Alessandra Regina Begalli Zamora, mãe de Lucas, luta pela implementação e criação de legislações que visem os primeiros socorros em todos os estabelecimentos que envolvam atividades com crianças, para evitar mais mortes como foi com Lucas. “Os primeiros socorros são medidas a serem tomadas imediatamente, no caso de alguém apresentar uma condição que possa indicar perigo de morte. Tais medidas visam estabilizar o quadro da vítima até que os médicos socorristas possam prestar o atendimento especializado”, finaliza Juraci.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 110 mil crianças e adolescentes de até 14 anos são hospitalizados no Brasil. Além disso, outros 3,6 mil morrem anualmente. E a principal razão desses números são os acidentes domésticos ou escolares.

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Imagem: Prefeitura de Penha