ALERTA: chuva deve ter menor intensidade nesta segunda-feira em Penha, mas volta a cair com força entre terça e quinta; semana será marcada por inundações, enchentes e deslizamentos no litoral Norte de Santa Catarina


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A chuva acumulada em apenas 48 horas até a manhã deste domingo atingia 100 mm a 200 mm em diversos pontos do Leste e do Nordeste de Santa Catarina. Trata-se de um cenário muito preocupante o que se desenha para esta semana, afinal, recém está no seu começo o evento de chuva excessiva, que vai se estender pelo começo de dezembro. Penha teve neste domingo 45 mm de precipitação de chuva. Estão previstos 19 mm para esta segunda-feira e depois o nível se agrava bastante: 60 mm na terça, 40 mm na quarta e 50 mm na quinta.

A preocupação é muito alta porque – segundo as equipes da MetSul Meteorologia – ainda tem muita chuva por cair nesta semana. A projeção para os próximos dez dias mostra 514 mm para Joinville, 462 mm para Schroeder, 448 mm para Florianópolis, 437 mm para Itajaí, 394 mm para Blumenau, 359 mm para São Francisco do Sul, 358 mm para Balneário Camboriú, 309 mm em Rio do Sul, 229 mm para Tubarão e 174 mm para Criciúma.

A tendência é de a chuva mais volumosa se concentre em pontos entre a Grande Florianópolis e a divisa com o Paraná. É inevitável ante o cenário de chuva projetado, que haja transtornos e perigo à população. Um deles inclui cheias de rios e, consequentemente, enchentes. O Nordeste catarinense, principalmente, terá maior risco de escorregamentos de encostas pelo relevo da região.

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é conhecida por uma faixa de nebulosidade que atravessa o Brasil. Este corredor de umidade, um verdadeiro rio atmosférico, tem uma orientação climatológica típica de Noroeste para Sudeste, estendendo-se da região da Amazônica até o litoral da Região Sudeste. Em alguns casos, especialmente durante o verão, a orientação da ZCAS chega a levar a faixa de maior instabilidade até os litorais do Paraná e de Santa Catarina.
Os eventos de ZCAS são sazonais. São comuns entre os meses de novembro e março, ou seja, é um fenômeno típico de estação quente e podem durar até dez dias consecutivos, causando grandes volumes de precipitação nas áreas de atuação. Tais eventos podem ser iniciados com a participação de frentes frias, que atravessam o Sul do Brasil e que ao chegarem na Região Sudeste passam a gerar convergência de umidade da região amazônica até o Oceano Atlântico.
Imagem: MetSul Meteorologia