No último fim de semana, a área que recebe a Festa do Marisco, localizada na Praia Alegre, em Penha, recebeu visitantes motorizados. O espaço, que é público, teria sido emprestado por um político de Penha para um deputado estadual, para que o mesmo “presenteasse” a seus amigos com um camping durante o feriadão de 7 de setembro.
A denúncia chegou ao Penha Online através de um grupo que já endereçou ao Ministério Público de Santa Catarina as provas e os nomes dos políticos envolvidos, solicitando providências pelo uso de uma área pública para fins particulares. Sendo assim, por hora, o Penha Online não vai divulgar o nome dos acusados até que o MP se manifeste.
Na denúncia ao MP, uma das provas mostra um panfleto digital com uma foto do terreno em questão, junto ao trapiche da Praia Alegre, com os seguintes dizeres: “Você é nosso convidado especial para conhecer este lindo lugar. Somente com reserva e devido ao feriado iremos limitar o número de campista. Envie sua confirmação. Data liberada 02 à 08 de setembro. R$ 25,00 por pessoa a diária local é Penha e só será passado a localização mediante reserva”, evidenciando que alguém estava alugando o terreno público como se fosse um camping particular.
Integrantes do grupo denunciante ainda relatam na denúncia que o camping não tinha licença da Polícia Civil e nem dos Bombeiros, muito menos possuía fiação elétrica correta para receber tantos trailers. Falando em fiação, em uma das imagens é possível verificar os holofotes do local acesos em plena tarde do sábado(04). Em outra imagem da denúncia, um vereador de Penha – do mesmo partido dos outros dois políticos envolvidos – foi flagrado junto à portaria do local.
Os denunciantes entraram em contato com o número anunciado para a realização das reservas. O responsável pelo número, que reside em Jaraguá do Sul assim como praticamente todos os usuários daquele “camping”, ao ser interpelado, deu a seguinte resposta: “Olha amigo é um evento fechado apenas para convidados, mas vai ter outras oportunidades”, evidenciando os fatos denunciados.
Todas as provas com demais informações sigilosas estão de posse do Ministério Público, segundo os denunciantes.