O Penha Online noticiou na última semana a descoberta de um leão-marinho já sem vida em uma praia de Barra Velha. Hoje (17) a UNIVALI enviou ao Penha Online hoje um relatório com a causa da morte dele.
O animal era um macho adulto e pesava cerca de 300 quilos. Os dentes desgastados evidenciavam a idade avançada. De acordo com a médica veterinária Adriane Steuernagel, a espessura da camada de gordura e o aspecto físico observados no exame externo indicavam a magreza do leão-marinho. No exame de necropsia foi possível observar os órgãos internos em estágio avançado de decomposição. O exame cadavérico indicou morte por causa natural, possivelmente ocasionada por uma pneumonia. “Foram encontradas lesões no pulmão, indicativas de pneumonia, porém, a avaliação dos outros órgãos estava comprometida devido ao estágio de decomposição”, explica Adriane. Não foram observados sinais de afogamento, nem de agressão. A análise do conteúdo estomacal indicou que o animal não estava se alimentando, pois o estômago e o intestino estavam vazios.
Distribuição e comportamento
O leão-marinho-do-Sul está amplamente distribuído na região costeira da América do Sul. Suas colônias estão presentes na costa do Uruguai, Argentina e nas Ilhas Malvinas. Em Santa Catarina, a presença da espécie é sazonal, sendo avistada principalmente durante o Inverno e em locais rochosos. São predadores de topo de cadeia e tendem a permanecer em ambientes com grande produtividade pesqueira. O nome popular está relacionado à juba presente nos machos adultos, que são maiores do que as fêmeas e podem chegar a 2,6 metros de comprimento e pesar até 350 quilos. As fêmeas chegam a 2 metros de comprimento e pesam cerca de 144 quilos. A espécie esteve ameaçada de extinção, mas atualmente a população está estabilizada dentro dos padrões de normalidade devido a fortes políticas de proteção.
Central de atendimento para resgate de animais marinhos
Ao avistar aves, tartarugas ou mamíferos marinhos mortos ou debilitados na praia, a comunidade pode acionar a equipe do PMP-BS pelo telefone 0800 642 3341. A ligação é gratuita e funciona diariamente das 8h às 17h30min. É importante informar o local de encalhe do animal (praia e município) e um ponto de referência.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. A Univali monitora o Trecho 4, compreendido entre Governador Celso Ramos a Barra Velha.