[VÍDEO] Novos caças do Brasil chegam no porto e são levados ao aeroporto de Navegantes


PUBLICIDADE

Os dois primeiros caças suecos Gripen para emprego operacional na FAB (Força Aérea Brasileira) chegaram na noite da sexta-feira (01) ao Brasil via Porto de Navegantes, onde tiveram as rodas instaladas e seguiram na noite de ontem (sábado, 02) ao Aeroporto de Navegantes (assista ao vídeo abaixo). Eles vieram de Norrköping, na Suécia, em um navio cargueiro holandês, num trajeto de 23 dias.

De lá, após alguns testes e adequações, devem ser pilotadas nesta segunda (04) para o Centro de Ensaios de Voo do Gripen, unidade conjunta da fabricante Saab e a Embraer brasileira em Gavião Peixoto (SP). Pilotos e técnicos das empresas e da FAB trabalharão, em coordenação com o órgão regulador sueco, para conceder o chamado Certificado de Tipo Militar, uma espécie de licença de operação inicial do avião, que será empregado no 1° GDA (Grupo de Defesa Aérea), em Anápolis (GO). A expectativa na FAB é de que o processo esteja completado antes do fim do ano, quando chegarão ao menos outros quatro Gripen já prontos.

Assim, teoricamente, poderá haver 6 dos 36 aviões encomendados em 2014 por 39,3 bilhões de coroas suecas (no câmbio desta sexta, R$ 19,7 bilhões). Há um sétimo avião que já está no Brasil desde o fim de 2020, mas ele cumpre a campanha de testes da Saab de longo prazo, devendo ser incorporado à Força só depois do fim dela.

São todos modelos E, para um piloto. A versão F, biposta, está sendo desenhada em conjunto pela Embraer e a Saab, e o Brasil comprou 8 dessas. Os aviões tem custado, nos últimos anos, cerca de R$ 1 bilhão por ano ao governo. Os valores viram créditos da União no pagamento do financiamento de 25 anos feito junto à Suécia para viabilizar a compra.

A FAB estuda a compra de mais 30 caças. Nas contas do comandante Carlos de Almeida Baptista Junior, 66 aviões dão conta das necessidades de defesa brasileiras neste momento. Ao longo da penosa negociação para a aquisição de novos aparelhos, que começou em 2001, o número mágico dos militares era de 120.

Em ambos os negócios, o vencedor foi o caça americano F-35, que é considerado de quinta geração, por incorporar tecnologias furtivas ao radar. O Gripen e outros caças desenhados como modelos de quarta geração, como o russo Sukhoi-35S, trazem diversas capacidades que os colocam em um patamar superior ao se aviões como o americano F-16. O sucesso recente do F-35, assim como o do francês Dassault Rafale, reflete a redução no preço das aeronaves devido ao amadurecimento de seu projeto.

.

.

Imagem: Tático Navegantes