Foi acatada pela direção da Unidade Prisional de Barra Velha a recomendação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para suspender as visitas íntimas e sociais. A medida foi tomada depois da suspeita da entrada de drogas sintéticas na prisão. As substâncias seriam transportadas no corpo dos visitantes. As visitas estão suspensas até que se instalem equipamentos mais modernos para a revista de entrada do público externo no presídio.
Tramita na 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Barra Velha um inquérito civil para apurar a entrada de drogas na unidade. O Promotor de Justiça Renato Maia de Faria recomendou que as visitas sejam feitas apenas com a utilização do parlatório, onde não há contato físico.
Foi constatado que os equipamentos de fiscalização não são suficientes, o que teria possibilitado que visitantes entrassem com drogas como LSD e ecstasy coladas ao corpo.
Entenda o caso
No dia 6 de março, a 2ª Promotoria de Justiça da comarca instaurou um inquérito civil depois de receber a representação de que cinco presos teriam passado mal após ingerirem as drogas, tendo que ser encaminhados para atendimento médico. Um deles está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Consta em documento no inquérito que, na tarde de 5 de março, os policiais penais de plantão notaram uma movimentação estranha em duas celas. Os detentos gritavam e esmurravam as portas de maneira violenta. As drogas teriam entrado no presídio na visita da manhã, na ala dos presos provisórios.
O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta de 16 horas para levar cinco presos com suspeita de overdose para a Unidade de Pronto Atendimento de Barra Velha. Dois deles receberam alta logo após o atendimento. Três tiveram que ser transferidos para hospitais da região.
A direção da unidade prisional de Barra Velha ainda estuda a possibilidade das visitas feitas no parlatório. Por enquanto, a comunicação externa só está sendo feita por videochamada.
Imagem: 2ª Promotoria de Justiça de Barra Velha